Recentemente conversei com um
homem que se encontrava nervoso, fisicamente doente e emocionalmente
transtornado. Achei que ele deveria consultar um médico, mas como ele quis
falar comigo, escutei-o pacientemente.
Quando ele me
começou a contar a história da vida dele, comecei a perceber como é que ele
chegara àquela situação tão miserável – ele era comprido de memória e curto de
perdão. Ele lembrava-se de todas as coisas desagradáveis que alguém lhe tivesse
dito ou feito. Por vezes os olhos dele chispavam ira homicida. Uma vez mais
lembrei-me da importância do perdão como um dos maiores remédios espirituais em
todo o mundo. Mark Twain é mais conhecido pelas suas histórias humoristas, mas
quando queria era um filósofo. Uma das coisas mais lindas que ele disse foi que
“o perdão é a fragrância que a violeta derrama sobre o calcanhar que a esmaga”.
O perdão não é fácil, mas é necessário. O espírito não perdoador não fere os
outros; fere-nos a nós. Abrigar ressentimentos, cultivar a malícia para com
outrem, recusar perdoar – tudo isso envenena o homem interior e produz
enfermidade espiritual e emocional que nenhum medicamento elaborado pelo homem
pode curar.É impressionante o grande número de pessoas transtornadas que encontro
transportando no coração um espírito não perdoador. Essas pessoas vêm ter
comigo com os seus problemas – vivem inquietas; mudam facilmente de trabalho ou
de casa, não conseguindo estabilizar; estão sempre a ser feridas por alguém;
fazem amigos com dificuldade. Quando lhes pergunto se têm perdoado aos que lhes
têm feito mal, olham para mim com um ar chocado como se lesse os seus
pensamentos. Os sintomas são típicos, e tu e eu podemos detectá-los não só nos
outros como em nós mesmos.
Quando alguém tem um espírito não perdoador, pensa que é melhor do que
os outros. Eles cometem erros, mas ele nunca. Quando alguém tem um espírito não
perdoador, é supersensível; leva muito a peito o que os outros dizem e fazem.
Suspeita dos motivos dos outros e suspeita sempre que alguém o quer magoar. Um
espírito não perdoador leva uma pessoa a fechar-se em si mesma e a tornar-se
num espectador da vida e não num participante. Afinal, quando se é melhor do
que os outros, e eles nos querem magoar, porque é que se há de ser amigável?
Isto explica a razão das pessoas com espírito não perdoador se encontrarem
normalmente sós, serem críticas e nervosas.
Mas um dos mais tristes resultados dum espírito não perdoador é o
crescendo da agressividade no seu interior. As pessoas que andam com
ressentimentos e abrigam a malícia enchem-se de hostilidade. São incapazes de
sorrir aos pequenos problemas que as pessoas às vezes provocam; levam muito a
sério essas questões e transformam-nas em grandes problemas. Se alguém se põe à
frente delas na fila para o auto-carro, levam isso a peito e declaram guerra.
Mesmo que ninguém lhes provoque qualquer problema, os que revelam espírito não
perdoador normalmente imaginam algo e inventam um problema para combater.
Para se perdoar, é preciso ser perdoado. Quando experimentamos o perdão
de Deus no nosso coração e tomamos consciência de que o Senhor Jesus morreu por
nós, então podemos começar a perdoar aos outros e livrarmo-nos do veneno da
malícia. Mas não podemos ser perdoados antes de admitirmos a nossa necessidade
de perdão, e é aí que jaz o problema. Muito poucas pessoas gostam de admitir
que são pecadoras em necessidade do gracioso perdão de Deus. Isto explica
porque é que alguns estão sempre a condenar outros: ao fazerem com que os
outros pareçam maus, pensam que podem conseguir parecer, eles mesmos, bons. E
uma vez crendo que são bons, não veem necessidade de perdão.
Recordo-me de aconselhar uma senhora que tinha o “dom” de encontrar
faltas nos outros. No entanto era incapaz de ver quaisquer fraquezas na sua
própria vida. Falei com ela pacientemente, e à medida que a nossa conversa se
alongava, mais claro se tornou para mim que o juízo que ela fazia dos outros
era de fato uma máscara para ela se esconder. Por fim perguntei-lhe se não
tinha tido nenhuma grande desilusão que a tivesse feito sofrer. Ela, não
aguentando mais, começou a chorar, admitindo que sim. Havia uma velha ferida
que ela nunca permitira que Deus sarasse. Durante todos aqueles anos a ferida
gangrenou e envenenou todo o seu sistema. Se ela o tivesse admitido e
confessado a Deus, teria sido curada. E uma vez perdoada, poderia perdoar
outros.
Foi isto que Paulo quis dizer quando escreveu, «Antes sede uns para com os outros benignos,
misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em
Cristo» (Efésios 4.32). O Senhor Jesus orou na cruz, «Pai, perdoa-lhes, porque
não sabem o que fazem » (Lucas 23.34). Porque Ele
derramou o Seu sangue, tu e eu, podemos experimentar o perdão gracioso de Deus.
Não há nenhuma forma de nós podermos merecer o Seu perdão; é uma dádiva. Quando
nos volvemos para Cristo com fé, confessamos as nossas fraquezas, e pedimos o
Seu perdão, Ele concede-lo incondicionalmente. Se Ele nos faz isto, nós não
deveríamos perdoar os outros?
QUI LINDO ISSO DEUS SABER O QUI FAZ DEU UMA MENTE MUITO BOA PRA VC COMO ELE FEZ COM SALOMÃO DEU SABEDORIA PRA VC TBM
ResponderExcluirAgnaldo, quando nascemos não sabemos nada, certo?
ExcluirTudo que hoje sei aprendi com alguém, então,
só tenho a agradecer mesmo
à FONTE INESGOTÁVEL que é o próprio Deus,
aos preciosos professores que Ele tem colocado em minha vida
e a todos de de um modo ou outro me ensinam,
para que eu tenha algo a ensinar também.
Obrigada por visitar o blog e deixar seu comentário encorajador.