quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Natal (poema)

Sobre amor e relacionamentos

QUANDO OS FILHOS VOAM…

POR RUBEM ALVES

“Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.

Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira…
Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…
Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…
Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.
Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.
É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.
É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.
Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.
Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.
Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.
Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.
Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.
Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.
Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.
Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar.
E não há estrada mais bela do que essa.”


Fonte: https://osegredo.com.br/2015/12/quando-os-filhos-voam-por-rubem-alves/

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Graça para ajudar em tempo apropriado

"Aproximemo-nos, com ousadia, do trono da graça para que recebamos misericórdia e achemos graça para ajudar em tempo apropriado".

Hebreus 4:16, tradução de John Piper

Você observou que esta tradução é um pouco diferente de outras? A tradução habitual da última sentença é: "Acharmos graça para socorro em ocasião oportuna". E, "graça para ajudar em tempo apropriado" é também uma tradução literal e exata. Não existe contradição entre essas duas traduções. Porém, algumas traduções chamam a atenção à nossa necessidade; nesta, literal, ao tempo de Deus.

Acho que precisamos focalizar na graça do tempo de Deus. Quando temos uma necessidade, nos sentimos bastante inquietos a respeito de quando Deus satisfará tal necessidade. Queremos que Ele o faça agora! Não é natural pensarmos que a graça de Deus será mostrada tanto em seu tempo como em sua forma. Mas Hebreus 4:16 lembra-nos a buscarmos a Deus não somente quanto ao tipo de graça de que necessitamos, mas também quanto ao tempo dessa graça.

Isto pode mudar nossa atitude na oração. O tempo de Deus é frequentemente estranho, e isso não deveria surpreender-nos, visto que, "para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia" (II Pe 3:8). Deus pode compactar mil anos de impacto em um dia e levar mil anos para fazer a obra de um dia. No primeiro caso, Ele não fica sobrecarregado, e, no segundo caso, não se mostra apressado. Como disse o apóstolo Pedro: "Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada" (II Pe 3:9).

Portanto, não nos surpreendamos com o fato de que "ajudar em tempo apropriado" seja na perspectiva de Deus algo diferente do que o é na nossa perspectiva, mas a dEle é sempre melhor, É sempre graça para nós. É uma graça que deve sempre receber nossa confiança pelo que ela é e pelo tempo em que nos será dada.

Eu preciso de ajuda. Sempre. Em tudo. Estou simplesmente enganando a mim mesmo, se penso que posso mover-me por alguns centímetros sem a ajuda de Deus. "Pois Ele mesmo é Quem a todos dá vida, respiração e tudo mais" (At 17:25). Preciso da ajuda de Deus para o bem da minha fé, a qual é fraca. Preciso dela para estimular o meu zelo e para dar-me poder para evangelizar. Preciso desta ajuda para a adoração autêntica. Preciso dela para ter coragem no viver santo. Preciso da ajuda de Deus para transformação de meus filhos adolescentes em jovens humildes, respeitáveis e centralizados em Deus. Preciso dela para que eu possa ministrar esperança, gozo e ousadia aos nossos missionários e para receber orientação quanto a planejar o futuro. Preciso da ajuda de Deus para milhares de outras exigências, ênfases e agradáveis possibilidades.

Gosto muito de pensar na soberania de Deus em administrar Seu tempo. Por exemplo, Daniel afirmou que o Senhor "muda o tempo e as estações" (Dn 2:21). Isto significa que as épocas de bênção modestas ou imensas em nossa vida, nosso lar e nossa igreja estão nas mãos de Deus. Ele geralmente determina o tempo de nossas bênçãos, de modo que a Sua sabedoria, e não a nossa, seja ressaltada. Deus está mais interessado na paciência da fé do que em nossa satisfação instantânea. O tempo de Deus pagará os seus dividendos, além do que podemos imaginar. Sempre é "graça para ajudar em tempo apropriado". O tempo e o conteúdo da bênção são graciosos. A fé descansa nos aspectos e no momento da graça de Deus.

Por isso, este convite de Hebreus 4:16 é muito precioso para mim. Preciso de ajuda, mas, não mereço. No entanto, Deus provê ajuda, porque Seu trono é um trono de graça e ajuda imerecida. Em todas estas necessidades, o Senhor tem "graça para ajudar em tempo apropriado". Nosso dever consiste em aproximar-nos dEle com ousadia, achar e receber essa ajuda do trono da graça. Temos razão para crer que Ele nos ouvirá e nos ajudará no tempo apropriado.

Portanto, cheguemos confiantemente junto ao trono da graça e recebamos o que Deus tem para nós - uma graça soberanamente designada e controlada quanto ao tempo para o nosso maior bem.

John Piper,
em Uma vida voltada para Deus
páginas 56 a 58.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Que seu maior e mais reluzente adorno seja a simplicidade

“Deus é simples.

Tão simples que nunca pediu imagens de si mesmo.

Quando revelou sua face entre os homens, não foi esculpido.

Foi um Homem de dores, que sabe o que é padecer.

Rei? Não, carpinteiro.

Nobre? Não, galileu.

Amigo de nobres? Não, amigo de pecadores.

Quem O quer adorar, que O adore na simplicidade de sua invisibilidade, na beleza de Sua santidade, em espírito e em verdade.

Quem O quer ouvir, que vá até a sarça, que sinta brisa, que fique em silêncio.

Quem O quer conhecer, que contemple o desabrochar das flores, o brilho das estrelas, o amanhecer do sol.

Tão simples que, mesmo exaltado acima de tudo e de todos, coroado Rei do Universo, escolheu o barro e fez dele sua morada. “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro […]”.

Quem O quer visitar que não procure em templos e tabernáculos.

Ele não mais vive entre os homens, Ele vive dentro deles.

“Que é o homem para que com ele te importes?”, cantou o salmista.

“Não sabeis que sois santuário de Deus e que o seu Espírito habita em vós?”, respondeu o apóstolo.”


Gilvando Junior


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Mesmo a Graça pode conduzir ao legalismo

“É da natureza humana distorcer verdades gloriosas de Deus. E torcer a verdade se torna uma armadilha e um obstáculo para uma vida piedosa.

Como usamos mal a graça!

Sabemos que é pela graça que somos salvos - é um dom gratuito de Deus: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé. E isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas." Efésios 2: 8-10

Como você prova a preciosidade deste dom da salvação somente pela graça - sabendo que você é completamente indigno - você quer que todos provem e saboreiem esta verdade também.
Por exemplo, em vez de estender graça para os outros que têm convicções diferentes da nossa, nós podemos assumir que eles estão vivendo em submissão à lei.

Lembro-me de uma amiga compartilhar comigo que ela tinha decidido dar aula para seus filhos em casa. Ela deixou claro que era uma decisão que ela e seu marido tinham orado a respeito e que ela não estava, de modo algum, sugerindo que todos os cristãos deveriam fazer o mesmo. Eu, no entanto, assumi em meu coração que ela provavelmente estava lutando com o legalismo. Achei que ela era provavelmente não era "livre" como eu para fazer "outras" decisões. Que arrogante de mim! Vejo agora que eu estava tomando minha liberdade e a tornando uma lei. Estava julgando minha amiga com base na minha experiência e minhas convicções.

Em outras palavras, dizemos, erroneamente, que a obediência de um cristão não é motivada por um amor genuíno pelo Salvador. Qualquer ato grave de obediência começa a parecer legalismo pecaminoso em vez de verdadeira obediência motivada e sustentada pela graça de Deus. Na tentativa de proteger a graça, podemos assumir os piores motivos. E como nós julgamos os outros com base em nossas experiências, nós essencialmente transformamos o nosso belo dom da graça em lei.

O outro lado da graça legalista é ser legalista. Sabemos pelas Escrituras que Deus nos deu tudo o que precisamos para a piedade. Pedro nos lembra: "Seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude." 2 Pedro 1: 3

Temos um desejo de viver para o Senhor e ter convicções profundas de que o nosso pecado desonra a Deus. Mas, em algum lugar em nossa busca de santidade, podemos esquecer de que é somente pela graça de Deus que podemos viver para Ele. É Deus quem nos deu todas as coisas que conduzem à vida e à piedade. Apenas "pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão. Pelo contrário, tenho trabalhado mais do que qualquer um deles, embora não fosse eu, mas a graça de Deus que está comigo." I Coríntios 15:10

Infelizmente, quando nos esquecemos de que qualquer piedade - qualquer progresso ou crescimento - que vemos ou experimentamos vem do nosso Pai, nós podemos nos tornar inchados e começarmos a projetar nossos padrões sobre os outros. Pode ser especialmente tóxico quando criamos padrões morais fora das decisões e prioridades não descritas nas Escrituras. Nós, tão facilmente, começamos a julgar e pressionamos as pessoas a se conformarem com um estilo de vida que Deus nunca ordenou. Esquecemo-nos sobre os bons princípios na Bíblia que são fundamentais para a nossa fé, e em vez disso começamos a fazer nossas próprias preferências e práticas da lei.

Precisamos equilibrar as realidades de que a nossa fé é somente através da graça e, ainda assim, somos chamados a fazer todas as coisas para a glória de Deus. É certo que isto nunca será fácil. Viver isso de forma consistente e bíblica é um grande desafio.

A mesma graça que é favor imerecido com Deus é a mesma graça que nos ensina a "renunciar" (arnēsamenoi), literalmente "repudiar" os modos ímpios do mundo em Tito 2: 11-12. A graça nos ensina a distinguir, discernir e separar-nos do pecado cultural, mas nunca para, em seguida, usar-se como o padrão. Não, temos que renegar o pecado: a partir, primeiro, do pecado que vemos em nós mesmos (Mateus 7: 3-5), e depois também os pecados que vemos em outros ao nosso redor, sem nos tornar auto justos. É uma grande tensão na vida cristã.

À medida que esforçamos por viver pela graça, vamos pedir a Deus para nos dar Seus olhos para as pessoas. Vamos pedir-Lhe para nos lembrar do incrível dom gratuito da graça que nos foi dado, de nossa completa dependência dEle para viver piedosamente e a humildade de reconhecer nossas fraquezas. Que possamos olhar para Cristo - não para nós mesmos - como o padrão que projetamos sobre os outros. Que possamos ser treinados por graça para dar graça para os outros.”

Trillia Newbell

Fonte:

http://www.desiringgod.org/articles/even-grace-can-lead-to-legalism

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Meus Mercedes foram para Missões


“O consultor financeiro riu e disse ao meu amigo: "É isso? Você deve ter mais do que isso!"

"Não. Isso é tudo o que eu tenho."

Meu amigo tinha escolhido o caminho da generosidade. Ele dizima, dá sacrificialmente, e derrama sua vida e renda para o avanço do Evangelho. Ele optou por não ser rico. Apesar de sua educação, capacidades e riqueza da família, ele escolheu a generosidade que parece radical, por comparação.

Mas naquele momento, sobre a mesa de seu assessor, ele sentiu um lampejo de vergonha.

Você sentiu isso? Seus filhos parecem usar as mesmas camisas mais frequentemente do que os seus amigos? Todo mundo parece sair para comer constantemente, exceto você? Os outros saem para as férias mais agradáveis?

Constrangimento se insinua. Chamo-o de "a vergonha de menos."

Trabalhando com doadores ricos de todo o mundo, eu aprendi que Deus quer que a vergonha de Menos se torne o que poderíamos chamar de "O Jogo do Menos”.

Alan é rico, mas vive com uma fração de sua renda, de modo que ele pode dar mais para a causa global de Deus em missões. Seu filho, de onze anos de idade, Nathan, disse: "Pai, eu acho que devemos obter um Hummer."

Pausa. "Nathan, que ótima ideia! E se tivermos dois Hummers? "

Pausa. "Eu poderia fazer isso por você! Eu poderia comprar-lhe Hummers o suficiente para encher toda a nossa garagem "

Pausa. "Mas e se nós não comprarmos os Hummers? E se tomarmos esse dinheiro e doarmos para as pessoas que não sabem onde obterão a sua próxima refeição, ou não têm qualquer acesso ao Evangelho? "

Alan escolhe menos - e com isso, maior alegria. A vergonha de Menos tornou-se o Jogo do Menos.


Hebreus diz que Moisés viveu pela fé porque ele estava "ansioso pela cidade cujo arquiteto e construtor é Deus "(Hebreus 11:10). Ao invés de uma vida de luxo em palácios egípcios, Moisés escolheu o país celestial (Hebreus 11:16, 24-27).

O povo de Deus olha para as coisas desta vida e as compara com as coisas do próximo, e acha que não é nenhuma competição.

Em nossa casa, vivemos confortavelmente. Deus nos deu muitos bons presentes para desfrutar. Antes de escolher nosso estilo de vida e definir uma meta financeira, tivemos surtos frequentes de cobiça. Eles ainda acontecem, mas são mais fugazes e menos frequentes.

Fui andar de bicicleta com um amigo que é um advogado em Washington, DC, quando eu soube que ele tinha comprado uma segunda casa em Minnesota. Minha carne disse: "Ei, eu deveria comprar uma segunda casa em Minnesota." Agora, no momento, eu nunca tinha ido a Minnesota. Mas meu coração estava se movendo para lá!

Nós pensamos: "Eu quero um assim", "Minhas roupas poderiam ser mais da moda", "Que tal um carro melhor?" e "Nós realmente devemos ir para a Itália em algum momento."

Mas quanto mais damos, menos controlamos o amor que o dinheiro tem sobre nós.

À medida que aprendemos a amar o Jogo do Menos, momentos de cobiça podem tornar-se momentos de gratidão. Eu posso ver um carro de luxo e me alegrar: "Obrigado pela oportunidade de dar àquela escola, no sopé do Himalaia a difusão do Evangelho para os hindus."

Momentos de querer podem tornar-se momentos de adoração. Eu posso ver um anúncio de um cruzeiro, e regozijar-me: "Deus, quão incrível é que use pessoas como nós para comprar aquele terreno para o orfanato na República Dominicana!".

Momentos de desejo vazio podem tornar-se momentos de prazer. Meu guarda-roupa é menor, mas me alegro de que, em vez disso, há uma nova igreja ministrando na periferia de Lima.

Meu Mercedes tornou-se missões. Meu Lexus salva vidas. Meu Infiniti compra, bem, o infinito.

Eu não julgo aqueles que escolhem de forma diferente, mas não posso deixar de pensar que eles estão perdendo. No Jogo do Menos, o apego torna-se concessão, e a cobiça torna-se contribuição. E a alegria é profunda e rica.

Eu amo o Tour de France. Duzentos pilotos competem, mas poucos têm a chance de ganhar a camisa amarela. A maioria não compete por isso. Em vez disso, muitos querem ser o melhor velocista, melhor em escalar montanhas, melhor jovem piloto. Há 21 dias de corrida. A maioria é excitada para ganhar um dia.

Pilotos que não têm nenhuma chance de ganhar a camisa amarela, por vezes, tentam ganhar o dia. Eles saem na frente. Os verdadeiros campeões não se importam. Eles apenas deixam esses irem na frente.

Eles não se importam com qual piloto ganha o dia 12. Os campeões competem por um prêmio diferente.

Para os fãs de marginais, o vencedor do dia 12 se parece com o campeão. Ele não é.

Para que prêmio você está competindo? Quando você vê alguém parecendo "chegar à frente" na vida, como você reage? Você tenta alcançá-lo? Ou você os deixa ir, sabendo que está em uma corrida diferente, competindo por um prêmio diferente - deseja uma pátria melhor, a celestial?

Quando você quiser ir além da Vergonha de Menos, eu tenho um Jogo para você ;) ”

Cameron Doolittle


domingo, 23 de outubro de 2016

Tempo de recomeços

A vida é cheia de começos. Somos gerados, nascemos, começamos...
A vida também está repleta de términos. Tantos fins, separações e mortes...

Olhe para a história da humanidade e veja um memorial de tombos, mancadas, fracassos e recomeços. É preciso se levantar depois de cair, pois permanecer no fracasso, no lamaçal do pecado, só nos prende à derrota e morte, e isso não é viver!

A Bíblia nos traz tantos relatos de recomeços! Comecemos por Adão e Eva: Criados para um relacionamento profundo com Deus, plantados no Jardim do Éden, comem do fruto proibido, escolhem o fruto do conhecimento do bem e do mal, quebram a aliança e são expulsos do “paraíso”. Precisam aprender a recomeçar. (Gn 2:8-9,15-17; 3:1-6, 22-24).

Olhemos para Caim, o primeiro filho, aquele que assassina seu irmão Abel. Seu castigo lhe é tão pesado que, incapaz de recomeçar, clama a Deus para que o socorra, então recebe um sinal para que ninguém o encontre e mate, e (Gn 4:8, 10-17).

Então, prosseguimos para Gn 6 e vemos o relato da corrupção da humanidade, o aumento da perversidade, o coração de Deus entristecido ao extremo, a história do Dilúvio, a destruição da Terra por água, e como Noé e sua família recomeçaram. Imagino-me no lugar da esposa ou uma das noras de Noé. Como deve ter sido recomeçar, sobrevivente de um mundo totalmente destruído?

Como é para os sobreviventes de uma catástrofe recomeçar? Você já sofreu ou conhece alguém que perdeu tudo ou quase tudo com uma inundação, a passagem de um furacão, terremoto, que teve que sair do seu país como refugiado por causa de guerras e afins?

O povo de Israel viveu tantos recomeços! Como escravos serviram ao Egito por aproximadamente 400 anos (Gn 15:13), exilados foram na Babilônia por cerca de 70 anos (Jr 25:11), tiveram que guerrear e conquistar a prometida terra “que manava leite de mel” de Canaã, conviver e lutar com inimigos filisteus, dentre outros, por gerações (desde o tempo de juízes até os reis). Viram sua terra desolada, seu templo destruído em pelo menos três momentos (ano 587 a. C. pelos exércitos da Babilônia, a comando de Nabucodonosor;  com a derrota da primeira guerra judaico-romana contra o domínio romano, em 70 d.C. quando Jerusalém foi tomada pelas forças do comandante Tito; em 135 d.C, quando o imperador Adriano mandou arrasar a cidade, ao cabo da revolta judaica liderada por Simão bar Kokhba. Sobre os restos de Jerusalém, edificou-se uma cidade helênica (Élia Capitolina) e sobre o monte onde se erguera o santuário de Iahweh, erigiu-se um templo dedicado a Júpiter.), todavia, vez após outra reconstruíram seu templo, suas cidades, sua nação. Mesmo depois das duas Diásporas Judaicas, novamente “os filhos” voltaram ao lar e recomeçaram outra vez.

Quem nunca ouviu falar de Jó, o homem mais rico do Oriente em sua época, e de suas perdas (perdeu seus bens/riquezas, seus 10 filhos por um trágico acidente de uma só vez, sua saúde, e ainda por cima ganhou uma esposa e amigos que em vez de encorajá-lo e desencorajavam, julgavam mal, criticavam). Como recomeçar? Quando lemos o relato bíblico do livro de Jó percebemos sua angústia, frustração, ira (ele chegou a amaldiçoar o dia em que nasceu, e por diversas vezes questionou a Deus acerca da razão de tanta desgraça na vida!). Mas, ele não negou sua fé, permaneceu até o fim, orou por seus amigos, teve outros 10 filhos, recebeu o dobro de tudo quanto possuía e aprofundou seu relacionamento com Deus, a quem Ele mesmo afirmou conhecer antes de ouvir falar, e depois de com Ele andar (Jó 42: 1-6).

O que dizer do chamado “amigo de Deus”, Abraão?
E do conhecido “homem segundo o coração de Deus”, Davi?
E do grande apóstolo Pedro, a respeito de quem Jesus disse que estabeleceria Sua igreja? (Mt 16:18)

O primeiro deixou uma história com rastros de mentira (como pode um patriarca desse chegar a entregar sua esposa Sara a Faraó com medo de ser morto, dizendo ser esta apenas sua irmã?/ Gn 17:10-20), não soube esperar o cumprimento da promessa divina a respeito de um filho (Isaque) e gerou um filho de sua serva Hagar (Ismael) (Gn 17: 17-21).

O segundo ficou mundialmente conhecido por adulterar com Bate-Seba, quando deveria como Rei ter ido à guerra com seu povo, mandar matar Hurias, fiel soldado, e marido da mulher, sem nem ao menos se dar conta de seu pecado, até que o profeta Natã vai ao seu encontro e, por Deus, abre os olhos dele pra gravidade de seu pecado! Ah, Davi sentiu até seus ossos doerem (veja o Salmo 51, que ele escreveu após cair em si).

E o terceiro, todos conhecem por negar a Jesus 3x, tirar os olhos de Jesus ao andar sobre as águas e começar a afundar.

Mas todos estes homens também são conhecidos pela arte de não se deixarem abater em seus pecados. Todos se arrependeram e recomeçaram. E uma linda, longa e exemplar história, que nos edifica, ensina e encoraja, deixaram.

Pedro se tornou um apóstolo intrépido, cheio do Espírito Santo, e até o fim de seus dias foi uma testemunha ousada de Jesus, levando muitos homens e mulheres à conversão em Cristo e chegou a morrer crucificado de cabeça para baixo, por não se achar digno de ter a mesma morte que Seu Mestre.

O rei Davi, além dos profundos e preciosos Salmos, se tornou o mais exemplar, amado e honrado rei de Israel por todas as gerações posteriores. Todos os bons reis foram mencionados nas narrativas bíblicas como aqueles que “seguiram o exemplo de Davi”, e todos os maus reis como aqueles que “não andaram segundo o bom exemplo de Davi e sim como os conhecidos Jeroboão, Acabe e afins”.

E Abraão? Além de amigo de Deus se tornou o pai da fé, e não apenas de sua descendência natural, mas de todo aquele que, pela fé, também se tornaram nação de Deus (Rm 9: 7-8; Gl 3: 6-9).

São tantos os relatos bíblicos e tantas as histórias reais da humanidade de recomeços! Quantas você conhece? Quantas, em sua própria vivência já experimentou? Já pensou em desistir, entretanto se levantou e recomeçou?

Para abençoar seu coração,
um poema de minha amiga Ana Regina Rocha Martins
sobre a arte de recomeçar:


“Recomeçar é dar uma nova
Chance a si mesmo.
É renovar as esperanças na vida
E o mais importante:
Acreditar em você de novo.

Sofreu muito?
Foi aprendizado.

Chorou muito?
Foi limpeza da alma.

Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia.

Sentiu-se só por diversas vezes?
Foi porque fechou a porta para os outros.

Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora.

Pois é!
Agora é hora de iniciar,
De se voltar para Jesus
De encontrar prazer no novo e no renovo.

As melhores coisas da vida

Se encontram na simplicidade.”

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Até onde você pode ir (poema)

Por que eu preciso do perdão? Cuidado com as respostas erradas


“Costumo perguntar às pessoas: Por que você quer ser perdoado?

Estamos todos cantando e acenando nossas mãos e, sim: perdoado, perdoado, perdoado!

E eu vou dizer: Sim, sim, sim. Por quê?

Há um monte de maus respostas para essa pergunta, um monte de respostas que desonram a Deus.

Se eu ofender minha esposa na parte da manhã e, em seguida, no café da manhã há um gelo no ar. Ela está na pia. Nossa relação está quebrada. A culpa é minha. O que precisa acontecer? Eu preciso pedir perdão. Eu preciso arrepender-me, e ela precisa me perdoar.

Por quê?
Por que eu quero o perdão dela?

Aqui está uma resposta ruim: Se eu não conseguir o perdão, ela pode não fazer o jantar para mim esta noite. Um monte de gente responde a Deus dessa forma.

Aqui está outra resposta ruim: Eu odeio ter uma consciência culpada durante todo o dia. Quero começar corrigindo este erro agora, porque eu não gosto de ter uma consciência culpada durante todo o dia.

Isso é uma resposta ruim. É verdade. Ela só não tem nada a ver com o valor dela. Ou o valor de Deus. Certo?

O cristianismo é bom para o meu bem-estar psicológico. Muito obrigado, Deus. Eu tenho o que eu quero: bem-estar psicológico. Você  pode me dar? Você vê o que está acontecendo?

Se não chegar a Deus através do perdão, através da justificação, através de propiciação, pela fuga do inferno, através da remoção da ira, se não chegar a Deus e amá-lO e estimá-lO e possuí-lO e dizer: Tu és tudo para mim, isso não aconteceu! A salvação não aconteceu! É disso que se trata. É sobre Deus. Não é sobre eu sendo perdoado, eu me livrando do inferno, eu ficando livre da ira. Trata-se de me chegar a Deus. Eu sou feito para Deus. Eu sou feito para conhecê-lO e amá-lO e estar com ELE em uma relação que é gratificante para minha alma e, porque é gratificante para minha alma, isto glorifica o Seu nome. Este é o fim da história. Todo o resto é um meio.


 "Pois também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus"
I Pedro 3:18


“Então, vou lê-lo novamente: "também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos [verdade-supressora, Deus-troca] injustos", e então aqui está a frase chave: “para levar-nos a Deus”. Esse versículo é fundamental na minha compreensão do evangelho por este motivo. O que quero dizer é o seguinte:

·        Cristo morreu para que meus pecados fossem perdoados. Isso é glorioso! Cristo morreu para que eu possa ser justificado ou contado como justo na presença do Deus Santo. Isso é glorioso - mas isso não é o objetivo final da cruz.

·        Cristo morreu a fim de que a ira de Deus possa ser removida. Isso é glorioso - contudo isso não é o objetivo final do evangelho.

·        Cristo morreu para eu não ter que ir para o inferno. Isso é realmente uma boa notícia - todavia isso não é o objetivo final do evangelho.

·        Este versículo expressa o objetivo final do evangelho: Vou lê-lo novamente: "também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus" (I Pedro 3:18).

·        Todas essas outras coisas - perdão, justificação, remoção da ira, escapar do inferno - são todos meios para chegar a Ele.



Eu amo este verso. "Pois também Cristo padeceu uma vez pelos pecados" (I Pe 3:18), - os meus pecados. Meus pecados de troca de Deus por outras coisas. Jesus morreu para que eu pudesse chegar até Deus e, finalmente, descobrir que o meu tesouro e meu valor está nEle. Essa é a primeira coisa que tem que acontecer para restaurar-me a Deus, que é o centro, esse é o motivo pelo qual Cristo teve que morrer, por nossa troca injusta. E Ele fez. O que é o coração do Evangelho. Mas não é o objetivo do evangelho. O objetivo do evangelho é Deus.”


John Piper

Trecho extraído de


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O Extraordinário também está na rotina!

Parece-me que vivemos em busca do inesperado. Sou a filha mais velha de um casal que é casado há mais de 20 anos. Tenho uma irmã 5 anos mais nova. Nossa vida é um tanto quanto normal. Nossa rotina se resume a trabalho, estudos, tarefas no lar, visitas a parentes, entretenimento no final de semana... Monotonia? Garanto a você que não. Mas... Você, por algum acaso, é daquelas que sentem pavor quando ouvem a palavra "rotina"? 
Percebo que grande parte de nós, mulheres, vivem esperando que o inesperado aconteça. Vivemos esperando que uma paixão avassaladora nos tire "dessa mesmice". Vivemos aguardando a tão esperada promoção e a estabilidade financeira junto com o emprego dos sonhos. Queremos viajar, conhecer o mundo, ser famosa, quem sabe... Mas, realmente, esperamos pelo extraordinário, vivemos procurando uma maneira de "quebrar a rotina", como se a rotina, por si só, fosse algo ruim.
Eu quero lhe contar uma coisa, que você talvez até saiba mas que pode estar esquecida em algum lugar em seu coração: o Extraordinário já aconteceu! E continua acontecendo todos os dias {dias, por vezes, cansativos e repetitivos} de sua rotina. Cristo veio, minha amada irmã! Mas ele não apenas veio! Ele veio para NOS SALVAR! Você é parte do plano Eterno de Deus. Ele TE salvou. Você que antes estava separada de Deus (Is. 59.2), condenada, perdida, sem perspectiva alguma de Eternidade... agora é, pela Graça, filha de Deus! O que Cristo fez na Cruz é extraordinário! Salvou pecadores que, de outra forma, estariam condenados e distantes de Deus para sempre. E você é uma dessas! Você é uma das pessoas por quem Ele deu a vida. Minha amiga, o que há de monótono nisso? O que há de comum nessa esperança {Rm. 5. 1-5} que temos? Sua rotina deve ser para Glória daquele que Te salvou! Isso não é o suficiente para que você enxergue o cotidiano de forma diferente?
Veja e desfrute da Graça que se manifesta, também, no seu dia-a-dia. Enquanto está em pé no ônibus lotado, muito atarefada, com louça para lavar, trabalhos a concluir e a criança chora do outro lado, lembre-se: Deus está usando essas situações para a sua santificação e Ele fará com que todas essas situações cooperem para o seu bem, se você o amar e estiver repousada em Cristo {Rm. 8.28}. Em meio a rotina, lembre-se da Graça. Há graça para você, quando você falha e fica aquém das expectativas. Há graça quando os outros falham com você, há graça quando você está cansada "disso tudo." Há graça quando você está esgotada! Há graça, agarre-se a ela!
Meu desejo é que você enxergue o cotidiano, não como um peso, mas como uma oportunidade de glorificar cada dia mais a Deus. Enquanto levanta-se pela manhã {muitas vezes com muita pressa, atrasada, querendo apenas mais uns minutos de sono}, quero que você se lembre da misericórdia de Deus para com você. É um novo dia, e cada vez que o Sol nasce, junto com ele, renovam-se as misericórdias {Lm. 3.22-23} Pare um segundo. Respire. Agradeça! É Graça, é de graça e é para você, querida amiga.


Por Confraria Feminina
Livro que inspirou esse texto: "Vislumbres da Graça" de Gloria Furman

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Comande sua mente e sentimentos

“Como você está se sentindo? O que está em sua mente?

Estas são questões muito importantes, não apenas para uma educada conversa começar. São perguntas que devemos nos perguntar (e aos outros) com frequência porque elas nos dizem em que direção o nosso trem está dirigindo.

O trem da mente está ligado em um conjunto como este:


  • o carro de nossos pensamentos está engatado no carro de nossas emoções,
  • que está engatado no carro da nossa esperança,
  • que está engatado no motor de nossa confiança.

Veja como o trem opera:

  Motor da Confiança:


O motor que puxa a nossa mente em uma determinada direção é a confiança (ou crença ou fé). E a confiança está sempre nos puxando para algum destino confiável (algo que nós estamos acreditando). Quando eu digo "confiável" aqui, quero dizer que nossa mente acredita que é ou pode ser confiável. Na realidade, poderia ser completamente falsa. Mas se nossa mente acredita que o destino é credível, nossa confiança puxará nessa direção.

    Vagão da Esperança:


Engatado no motor da confiança está o vagão da esperança. Se a direção ao destino que nosso motor da confiança está puxando promete um bom futuro (próximo ou distante), sentimos esperançosos. Se o destino promete um futuro ruim, sentimos alguma medida de desespero (ou déficit de esperança).

    Vagão das Emoções:


Engatado ao vagão da nossa esperança está o vagão de nossas emoções dominantes. A medida da nossa esperança se reflete diretamente na forma como nos sentimos.

     Vagão dos Pensamentos:


Engatado ao vagão de nossas emoções dominantes está o vagão de nossos pensamentos conscientes dominantes, as coisas que estão ocupando nossas mentes no momento. Se estamos esperançosos, nossas emoções estão felizes e expansivas, o que resulta em otimismo, seguir em frente com ânimo. Se nos sentimos sem esperança, nossos pensamentos estão com medo, deprimidos, tristes, pessimistas, defensivos, apreensivos, etc.

Então, quando estamos lutando emocionalmente, quando nós, como Marta, estamos "ansiosos e perturbados com muitas coisas" (Lucas 10:41) mais frequentemente do que não, temos um problema direcional. O nosso motor da confiança está puxando em direção a um destino preocupante que, por alguma razão que acreditamos ser confiável, está indo pelo caminho errado.

É por isso que a Bíblia quase sempre resolve o nosso problema emocional redirecionando nossas mentes em direção aos objetos certos de confiança. Aqui está um exemplo:

    “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo é louvável, se há alguma virtude, se há alguma coisa digna de louvor, nisso pensai.” Filipenses 4: 8

Nos dois versículos anteriores, Paulo nos instrui a "não nos inquietar com nada" (Filipenses 4: 6). No versículo 7, ele nos instrui a "deixar nossos pedidos conhecidos a Deus", porque a esperança traz paz de confiar nas promessas de Deus, como "pedir e será dado a você" (Mateus 7: 7) . E, em seguida, no versículo 8, ele lista todos estes destinos de esperança e nos instrui a "pensar sobre essas coisas."

Em outras palavras, a mente deve ser dirigida. Se quisermos ser felizes, a nossa confiança deve ter seus olhos voltados para o destino certo.


É por isso que a leitura e memorização da Bíblia e a oração são tão importantes! A oração e meditação da Bíblia direcionam o nosso motor de confiança para os destinos certos (promessas de Deus, 2 Pedro 1: 4), o que faz com que a nossa esperança abunde e nos leva a experimentar a alegria e paz na fé (Romanos 15:13). E isso nos torna mais capazes de "levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10: 5).

Estamos completamente errados sempre que pensamos que devoções particulares, de alguma forma, ganham pontos de mérito com Deus. Devoções não são para impressionar a Deus ou qualquer outra pessoa. Elas são para nós, apontando diariamente na direção certa e alimentando o motor da nossa confiança em Deus.

Então, se você está lutando hoje, caminhe até a sua linha de pensamento. Onde o seu motor de confiança está levando você? Se está no caminho errado, a Bíblia fornece um comutador de faixa: "Pensai nas coisas que são de cima, e não nas coisas que são da terra" (Colossenses 3: 2). Defina a sua mente nisso e, em seguida, "pense sobre essas coisas."

É preciso trabalhar para redirecionar sua confiança. Espere por lutas (1 Timóteo 6:12). Dirija sua confiança na fidelidade de Deus (Hebreus 10:23), isso lhe dará uma esperança que não desaponta (Romanos 5: 5), trocará a ansiedade por alegria pacífica (Romanos 15:13), e fará com que você pense com clareza e confiança (Romanos 12: 3).”


Jon Bloom


Fonte: http://www.desiringgod.org/articles/how-to-get-your-mind-back-on-track

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Valorizando Deus acima de tudo

“Nós nunca deixamos Deus porque valorizamos Ele pouco.
Nós trocamos Deus porque valorizamos algo mais do que Ele.
Deixe-me dizer isso novamente: Ninguém deixa Deus, abandona a Deus, troca a Deus, suprime a Deus, se afasta de Deus, simplesmente porque valoriza pouco a Deus.
Nós sempre nos afastamos de Deus porque valorizamos algo mais, e é por isso que é um insulto cósmico!
Esta é a indignação infinita do universo, que os seres humanos preferem algo mais do que Deus.”

John Piper

            É muito fácil não valorizar Deus acima de tudo quando nós não O amamos acima de todas as coisas. Quando nós apreciamos mais nosso conforto, segurança, prazer, bem-estar, Deus acaba ficando em segundo plano, e isto é o mesmo que lugar nenhum. Porque, com Deus é assim: ou Ele tem a primazia, o primeiro lugar em nosso coração, mente, atitudes, vida, ou não tem lugar nenhum. Ele só é digno do Trono. Se Ele não está reinando, então qualquer outra pessoa ou coisa está: em geral nosso ego obstinado, nossos desejos carnais e contrários à vontade de Deus, o diabo enganador e sutil com suas artimanhas que facilmente nos prendem, este mundo que jaz no maligno com seu sistema que quer nos emoldurar e suas propostas atrativas.
           
            Deixar Deus acaba sendo fácil, e muitas vezes imperceptível, quando sutilmente nos envolvemos e perdemos nosso tempo, dinheiro e vida, investindo, ou melhor, desperdiçando-os, com o que não satisfaz.

“Venham, todos vocês que estão com sede, venham às águas; e, vocês que não possuem dinheiro algum, venham, comprem e comam! Venham, comprem vinho e leite sem dinheiro e sem custo. Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz? Escutem, escutem-me, e comam o que é bom, e a alma de vocês se deliciará na mais fina refeição. Deem ouvidos e venham a mim; ouçam-me, para que sua alma viva. Farei uma aliança eterna com vocês, minha fidelidade prometida a Davi. Busquem o Senhor enquanto se pode achá-lo; clamem por ele enquanto está perto. Que o ímpio abandone seu caminho, e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele perdoará de bom grado.”

Isaías 55:1-3, 6-7

“Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo". Disseram eles: "Senhor, dá-nos sempre desse pão!". Então Jesus declarou: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.”

João 6:33-35

            Deus nos convida à satisfação plena nEle! Ele quer nos deliciar! NEle nossa fome será realmente saciada, não com algo perecível, não com coisas temporais.
 Todavia, qual tem sido a mais comum resposta? Abandonamos Deus, desvalorizamos Deus, priorizamos e valorizamos mais coisas banais que prometem satisfação instantânea e real, que contudo é ilusória e banal:

"O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água.”

Jeremias 2:13

           
            Plenitude de vida é o que Deus nos promete, satisfação total é o que recebemos quando escolhemos Fonte de água viva, o Pão do Céu. Não somos porém obrigados a fazer essa escolha. Como Esaú, podemos trocar “o direito de primogenitura” por “um prato de lentilhas”, valorizar o que satisfaz momentaneamente à troco do que é eterno.

“Não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como filho mais velho. Como vocês sabem, posteriormente, quando quis herdar a bênção, foi rejeitado; e não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas.”

Hebreus 12:16-17

            A decisão de valorizar qualquer coisa mais que a Deus, o terreno mais que o eterno, o passageiro mais que o duradouro, o instantâneo mais que o que realmente satisfaz pode parecer simples, fácil e agradável, mas ao final gerará tristeza sobre tristeza, e de nada adiantarão as lágrimas.

Lembre-se: Deus merece o primeiro lugar, o trono da nossa vida. Nenhum conforto, segurança, prazer ou bem-estar merecem a primazia. E porque preferimos a Deus mais que tudo, jamais O abandonaremos. Nós escolhemos amá-lO e valorizá-lO com todo nosso coração, nossa força, nosso entendimento, com todo nosso ser até o fim!


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Cuidado com a "ajudinha"

“Muitas vezes eu tentei "ajudar" a Deus cumprir seus planos - isto é, os planos que eu gostaria que Ele tivesse para mim. Planos que iriam me dar o que eu queria. Ou o que eu achava que "merecia". Mas ao estudar Gênesis, eu vejo que, enquanto Abraão estava esperando, Deus estava trabalhando. Moldando o seu caráter. Ensinando-lhe paciência. Foi nessa espera de 25 anos que Abraão chegou de fato a conhecer Deus intimamente. Foi naqueles anos - aparentemente desperdiçados - que Deus o transformou. E depois de décadas de espera, Abraão estava pronto para a maior prova de sua fé: ele foi convocado a sacrificar Isaque, o filho da promessa! O filho que ele tanto havia esperado!
A fé de Abraão não estava enraizada na promessa de descendentes. Se assim fosse, ele nunca teria tomado Isaque para ser sacrificado e não teria abandonado o que Deus lhe havia prometido anos antes. Ele teria agarrado firmemente a Isaque, se sentindo no direito a posse desse filho.

Abraão não estava agarrado a seu próprio entendimento do cumprimento da promessa de Deus. Portanto, em última análise, a fé de Abraão estava na fidelidade de Deus!
A fé de Abraão não era somente na promessa. Sua fé estava enraizada no Criador da promessa. Porque sua fé não estava no que Deus faria para ele, mas no próprio Deus! Abraão estava disposto a arriscar. Ele poderia fazer o que Deus pediu, pois não estava confiando em um determinado resultado. Ele estava confiando em Deus. A espera de Abraão fortaleceu sua fé. Ensinou-lhe os caminhos de Deus. Mostrou-lhe a fidelidade de Deus. Abraão sabia que Deus forneceria tudo o que ele precisava.

E não vejo a minha espera de maneira diferente. Talvez Deus está fazendo que eu e você esperemos pelas mesmas razões que ele fez Abraão esperar: para forjar a nossa fé. Para tornar-nos atentos à sua voz. Para nos aprofundarmos em nosso relacionamento com Cristo. Para solidificar a nossa confiança. Para nos preparar para o ministério do evangelho. Para nos transformar em Sua semelhança.

E hoje eu posso ver que "esperar" é a resposta mais preciosa que Deus pode nos dar. Pois faz-nos agarrar a Ele, em vez de agarrar-se em resultados. Deus sabe o que eu preciso. Eu não. Ele vê o futuro. Eu não posso! Sua perspectiva é eterna. A minha não é. Ele me dará graciosamente o que será melhor para mim enquanto eu estiver aqui. E - quando - for melhor para mim.
Paul Tripp diz: “Esperar não é somente sobre o que eu receberei no final da espera, mas sobre quem eu me tornei enquanto esperava.”


Por Vaneetha Rendall Risner do blog Desiring God
Traduzido por Tornando-se Ester

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Você vale o que você valoriza

"Quatro anos atrás, meu marido, Tim, e eu assistimos a uma viagem de imprensa onde, escondida em nosso saco de ganhos, encontramos um pacote de informações que listou todos os participantes pelo nome, site, e número de seguidores. Folheando a lista, notei alguns blogueiros, outro casal, com um alcance de mais de 500.000.

Algumas horas mais tarde, quando subimos o elevador para uma recepção da noite de abertura em um quarto no nosso hotel, uma mulher de sorriso se apresentou e eu imediatamente a liguei para que vida e números eu tinha visto. O que teria sido de outra maneira uma reunião ordinária tornou-se um encontro com uma pessoa que tinha me impressionado. Ela era alguém. E enquanto a experiência das pessoas estimadas por leitores de blog pode não ser compreensível a todos, a experiência das pessoas estimadas por algo é. Seja por realizações de nossos filhos, nossos desenvolvimentos de carreira, nossa aparência física, os nossos contatos ou os nossos seguidores de mídia social, que naturalmente tendem atrair mais sucesso.

Como mãe, noto que cada vez que estou com outros pais começamos a comparar marcos de desenvolvimento: Seu bebê está engatinhando ainda? Quanto tempo você vai amamentar? Com que altura ele está? Como escritora, ouço sempre questões sobre contratos, vendas de livros, endossos, ou como uma blogueira, as perguntas são sobre visualizações da página: você foi publicada onde? Quantas cópias você vendeu? Quão grande é o seu site?

Enquanto as próprias questões podem ser nada mais do que conversa fiada, o valor que damos às respostas revela nossos corações. Oh, você tem o tal prêmio? Ah, quanto você paga pela sua casa? Oh, você foi notado por eles! Enquanto somarmos detalhes em nossas mentes, nós concordamos em pontos invisíveis nas nossas cabeças, criando nossos próprios placares sobre o que é importante e por quê.

Mas esta não é a maneira como nosso Pai celestial funciona.

Em Lucas 16, Jesus diz a seus discípulos uma parábola que conclui com a instrução "não pode servir a Deus e ao dinheiro", e os fariseus, "que eram amantes do dinheiro", ridicularizaram Jesus nas suas respostas. Ele apresentou a eles um sistema de valores revolucionário, um lugar onde ser humanamente rico - ou poderoso, popular ou bem-sucedido - não é o que mais importa, e eles riram. "Vocês são os que se justificam perante os homens, mas Deus conhece os vossos corações", Jesus disse a eles. "Porque o que se exalta entre os homens é abominação diante de Deus." (Lucas 16:15).

Se nós estamos falando sobre quem tem a conta bancária maior ou cujo bebê começou a dormir durante a noite em primeiro lugar, quando olhamos para as coisas que são exaltadas entre os homens como medidas de nosso valor, estamos nos comportando como os fariseus. Estamos exaltando o que Deus não exalta. Estamos valorizando o que Deus não acha valioso. Em vez de ancorar nossas identidades em cima dEle e do fato de que Ele, o Deus do universo, nos ama, estamos buscando justificar a nós mesmos diante dos homens. Mas Deus conhece os nossos corações.

Em contraste com a nossa ambição astuta na Terra, o nosso desejo de  nos classificar altamente com currículos, leitores ou habilidades, considere estas passagens que revelam o que Deus chama digno de estima:

"Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz nas pernas do homem, mas o Senhor se compraz nos que o temem, nos que esperam na Sua misericórdia." (Salmo 147: 10-11) .


"Para os olhos do Senhor correm para lá e para cá por toda a Terra, para dar um forte apoio para àqueles cujo coração é totalmente dEle." (2 Crônicas 16: 9).


"Aqueles que Me honram honrarei, porém os que Me desprezam serão desprezados." (I Samuel 2:30).


"Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir as sábias; Deus escolheu o que é fraco no mundo para confundir as fortes; Deus escolheu o que é vil e desprezível no mundo, até mesmo coisas que não são, para reduzir a nada as que são, de modo que nenhum ser humano pode gabar-se na presença de Deus." (I Coríntios 1: 26-28).


"Porque o Senhor não vê como vê o homem: o homem olha para a aparência externa, mas o SENHOR olha para o coração." (I Samuel 16: 7).


Porque eu sei que, em Jesus, em vez de desperdiçar minha energia tentando ser impressionante, quero passar minha vida vendo e saboreando Deus. Quero abandonar a necessidade de me classificar altamente entre os homens e escolher, em vez de temê-los, esperar na benignidade de Deus. Eu não tenho que lutar para ser ouvida, me esforçar para ser notada ou trabalhar por posição. Não tenho de pedir um novo contato à garçonete para ver como ela pode ajudar a minha carreira; posso pedir-lhe apenas café e olhar para ela como um ser humano criado à imagem de Deus e me deliciar livremente na nossa troca, independente de quão útil ela é para mim ou minha profissão. Quando alguém está interessado (ou desinteressado) em mim por causa de coisas que o mundo estima, posso lembrar-me de que Jesus não olha para mim ou me valoriza dessa maneira.


Amar Jesus liberta-me para ter o prazer de conhecê-lO e as milhares de maneiras que Ele se revela para mim. Os rankings do mundo já não importam. O que, afinal, são posições humanas em relação a Ele? O que é impressionante na Presença de quem fez todas as coisas? Conhecer ao Deus soberano significa saber o que significa ficar impressionado com o que a sociedade diz que vale a pena perseguir, e saber que não há nada e ninguém mais valioso do que Deus."




Shanna Mallon

sábado, 10 de setembro de 2016

Cante a Verdade, Encante pela Eternidade

Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.” Mateus 26.30

O Mestre sabia que era chegada a hora e Ele sabia o que viria: beberia do cálice.

Dores e feridas o marcariam, seria abandonado e traído.

Mas, para a surpresa de todos, não se ouviu um som de lamentos, nem de choros, nem de desespero diante do que viria.

Afinado e distante, ouve-se o som de uma música.

O Filho do Homem, diante da morte, pôs-se a cantar.

A voz que ordenou: “Haja a Luz!”, que deu vida às flores, que coloriu os campos, que deu forma aos homens, que se ouviu na sarça, que retumbou na nuvem de glória, que sussurrou na brisa, que aquietou e acalmou os ventos, que chama as estrelas pelo nome… Esta voz, naquela noite, cantava.

Ele sabia o que viria e, mesmo assim, se pôs a cantar.

Não cantou para espantar o mal, nem para distrair, tampouco para passar o tempo.

Cantou para celebrar.

Era o dia, era chegada a hora, Ele esperava por esse momento.

Não mais separação, não mais véu… Agora era Face a face.

Não mais medo, não mais insegurança… Agora era com confiança ao Trono da Graça.

Não mais morte, não mais fim… Agora era a Eternidade.

Anos mais tarde, nas arenas, podia-se ouvir o som de uma música.

E Jesus, ressurreto, no Céu, recebia louvores.

Eram suas testemunhas que, dessa vez, cantavam.

Cristãos de todo o Império Romano eram julgados e condenados.

Nem choro, nem desespero.

Eusébio narrou: “Então podíamos contemplar o ímpeto admirável e a força e fervor realmente divinos dos que creram e seguem crendo no Cristo de Deus […] ante o juiz, outros que se confessavam cristãos, sem preocupar-se em absoluto com os terríveis e multiformes gêneros de tortura, mas sim proclamando impassíveis, com toda liberdade, a religião do Deus do universo e recebendo a suprema sentença de morte com alegria, regozijo e bom humor, ao ponto de cantar salmos, hinos e ações de graças ao Deus do universo até exalar o último alento. Admiráveis foram também estes […] que, brilhando […] desconsideravam à verdadeira religião e à fé em nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo.”

Para eles, não mais morte, não mais fim… Agora era a Eternidade.”


Gilvando Junior


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

93 anos de cidade de Luz





Parabéns cidade de Luz por seus 93 anos!

Bom demais ser filha dessa terra!

Passeata de hoje, na conhecida como "rua grande", às 9:30.

Presença marcante da banda Lira Vicentina, escolas de Luz e afins.

domingo, 4 de setembro de 2016

Book do Arthur e Ludmilla Karpfenstein


Enquanto um fotografa, a outra assessora... carrega lençol, dá palpite, tira foto do fotógrafo com o celular...

Obrigada, Arthur Karpfenstein e Ludmilla De Almeida Karpfenstein pelo presente da amizade de vocês. Obrigada pela hospitalidade, pelo carinho e pelo presente de aniversário.

Obrigada pelo book de fotos! Se estas fotos estão maravilhosas sem edição, imagine as prontas!

Não tenho palavras para expressar minha satisfação, gratidão e alegria. Os amo, meus amigos!