domingo, 26 de julho de 2015

Pecados sexuais

Um dos maiores enganos apregoados em nossos dias é o de que pecado é pecado e todo pecado tem peso igual diante de Deus e dos homens! MENTIRA! Não é isso o que a Bíblia diz.

Certamente, precisamos resistir ao convite ao pecado em todas as áreas, todavia os pecados não são todos iguais do ponto de vista de Deus. As consequências mudam, dependendo da severidade do pecado. Lembra do antigo testamento, quando Deus instituiu penalidades para cada tipo de pecado? Para alguns, a pessoa deveria oferecer um pagamento (quando a pessoa roubava, por exemplo, tinha que além de devolver o roubado entregar mais, em alguns casos 7x mais), em outros tinha que tomar uma atitude não tão penosa (se um homem abusasse de uma donzela, por ter roubado-lhe a virgindade tinha que se casar com ela), mas para outros casos a pessoa deveria ser apedrejada e morrer (como no caso de adultério)! Se para Deus todo pecado fosse igual, para todo pecado o julgamento, o pagamento, o resgate e as consequências com certeza seriam iguais.

Até mesmo na justiça terrena, para cada tipo de crime há uma penalidade correspondente! Dirigir um automóvel sem cinto de segurança, atravessar a faixa de pedestres enquanto o sinal está fechado são tão crimes quanto estuprar, roubar um banco, sequestrar e assassinar alguém? Semelhantemente, contar uma mentira, deixar de dizimar, trabalhar no sábado, cobiçar o dinheiro, o emprego, a posição do amigo são tão pecados quanto trair a esposa, acessar conteúdo pornô na internet, “ficar” com todos os caras e gatas que quiser quando há consenso entre dois adultos, certo?! ERRADO!

“Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.”

I Coríntios 6:18-20

            É claro que o pecado sexual difere dos outros pecados por causa das consequências. As tentações sexuais não somente nos atacam diariamente, como trazem consigo efeitos capazes de mudar radicalmente nossa vida, casamento, filhos, igreja e a comunidade onde vivemos. Contudo, aparentemente, pouca gente encara essas consequências com suficiente seriedade. Como uma armadilha à espera de sua presa que é atraída a ela por causa do prêmio oferecido, o pecado sexual prende TODAS as áreas da vida – emocional, espiritual, física, psicológica, financeira, social.

Por que as pessoas caem em QUALQUER pecado sexual? Porque se aproximam demais das oportunidades, em vez de fugir das tentações. Fugir é um comportamento radical. Fugir não significa se afastar, não significa evitar, não significa não alimentar, muito menos ignorar. Fugir significa “correr fora, com todas as forças, o mais rápido possível, para o mais longe que conseguir”. A Bíblia não nos ensina a fugir da mentira, bebedice, gula, bisbilhotice, fofoca, apesar de não aprovar nenhuma dessas condutas. Você reparou o que diz o versículo 18 do texto que lemos em ICoríntios 6? Nos diz para FUGIR da imoralidade sexual. Existe uma razão para isso? Óbvio que sim! O pecado sexual pode custar o seu casamento, colocar em risco e vida e a guarda dos seus filhos. Você pode contrair uma doença venérea, que pode custar sua vida ou arruiná-la para sempre. Pode custar seu emprego, seu ministério eclesiástico, sua reputação, seu nome, autoestima, caráter, tudo o que você julgava garantido e permanente.

“Pessoas normais perguntam: “Quão perto posso chegar sem ir longe demais?” Responderei com algumas questões. “Quão perto você pode chegar de uma cascavel sem que ela seja perigosa? Quanto tempo você consegue segurar um fio com corrente elétrica sem ser eletrocutado?” Gente sábia estabelece a maior distância possível entre si e a tentação sexual. Não só fogem dela, como planejam uma rota de fuga.”

Craig Groeschel

O efeito colateral do pecado sexual é profundamente espiritual. Quando cometemos um pecado na área do sexo, como habitação do Espírito Santo, morada de Deus, deixamos de ser a pessoa que Deus nos criou para ser, deixamos nítida a mensagem “Quem manda no meu corpo sou eu, não Deus, e como tal, faço o que bem entender com ele.”.

O sexo é um dos presentes mais lindos e gratificantes que Deus nos concedeu. Fomos feitos de modo a encaixar. Fomos criados como macho e fêmea, de modo que nos foi confiado o ato íntimo de fazer amor como símbolo de um relacionamento de compromisso e aliança, quando decidimos unir nossa vida a alguém do sexo oposto. Por isso toda relação sexual entre pessoas do mesmo sexo, homem e animal e afins são declaradamente proibidas por Deus. Por isso todo tipo de experimentação fora do casamento, todo tipo de masturbação, todo tipo de pornografia, não apenas são pecaminosas, contagiosas, viciosas, perniciosas, como também tem um único objetivo: “roubar, matar e destruir”.

“Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte.”

Provérbios 14:12

Em nossa cultura atual, praticamente ninguém pode afirmar não ter uma ferida sexual. Se sua mente está entorpecida e sua alma ferida, lembre-se: Deus pode e quer curá-lo. Quando Deus pode ajudar? Somente quando deixamos, quando nos arrependemos, pedimos perdão e clamamos por socorro. Existem também pessoas capacitadas a ajudarem se você procurá-las. Mas você pode contra afirmar: “posso resolver esse problema sozinho”. Se fosse possível, já teria feito isso, não acha?

Você já ouviu a história sobre como os esquimós tratavam o problema dos lobos que atacavam os rebanhos deles? Essa história me faz pensar sobre o impacto que o pecado sexual traz sobre a vida de quem é atraído e preso em sua armadilha. Mas vamos ao que interessa: Conta-se que os habitantes das aldeias esquimós geralmente matavam algum animal pequeno, como um coelho, e deixavam o sangue dele escorrer por completo. Mergulhavam uma espada ou uma faca de corte duplo bem afiada no sangue do animal e congelavam para fazer picolé de sangue. Repetiam o processo várias vezes, camada após camada, deixando uma última camada de sangue não congelado formando uma casquinha, como nos picolés de sangue com casquinha de chocolate (tudo bem, sei que essa história é horripilante, mas não deixe de conferir, é muito interessante e edificante!). Por fim, penduravam o picolé num local, como uma árvore, perpendicular ao chão, de modo que à noite, quando um lobo chegava e farejava o sangue começava a lambê-lo. E lambia, lambia, lambia, enquanto sua língua ficava anestesiada (acostumada com o gelo, assim como nós quando apreciamos um picolé), só que a lâmina também cortava a língua sem que ele percebesse e com isso o sangue do lobo escorria, mas a boca dele já estava tão cheia de sangue, que o sangue quente só o incitava a querer lamber e provar mais ainda o seu delicioso picolé de sangue. Até que ele caia em si e ao perceber a língua toda machucada, sangrando sem parar, fugia para um local distante e sangrava até a morte (repugnante, não?! Ficou nauseado de imaginar?! Eu também!).

É hora de tratar com as algemas que o mantêm escravizado e deixar a prisão que a imoralidade sexual criou em sua vida. Ouça a voz do Pai Celestial que nos chama em meio a essa zoeira e barulho da nossa cultura: “Não quero ver você cativo. Não quero você sofrendo com o poder destruidor do pecado sexual. Eu o amo e quero ver você livre para seguir adiante, livre para amar e ser amado de verdade, livre para viver e não morto no pecado!”. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário