Um dos maiores
enganos apregoados em nossos dias é o de que pecado é pecado e todo pecado tem
peso igual diante de Deus e dos homens! MENTIRA! Não é isso o que a Bíblia diz.
Certamente, precisamos
resistir ao convite ao pecado em todas as áreas, todavia os pecados não são
todos iguais do ponto de vista de Deus. As consequências mudam, dependendo
da severidade do pecado. Lembra do antigo testamento, quando Deus instituiu penalidades
para cada tipo de pecado? Para alguns, a pessoa deveria oferecer um pagamento
(quando a pessoa roubava, por exemplo, tinha que além de devolver o roubado
entregar mais, em alguns casos 7x mais), em outros tinha que tomar uma atitude
não tão penosa (se um homem abusasse de uma donzela, por ter roubado-lhe a virgindade
tinha que se casar com ela), mas para outros casos a pessoa deveria ser
apedrejada e morrer (como no caso de adultério)! Se para Deus todo pecado fosse
igual, para todo pecado o julgamento, o pagamento, o resgate e as consequências
com certeza seriam iguais.
Até mesmo na
justiça terrena, para cada tipo de crime há uma penalidade correspondente!
Dirigir um automóvel sem cinto de segurança, atravessar a faixa de pedestres
enquanto o sinal está fechado são tão crimes quanto estuprar, roubar um banco,
sequestrar e assassinar alguém? Semelhantemente, contar uma mentira, deixar de
dizimar, trabalhar no sábado, cobiçar o dinheiro, o emprego, a posição do amigo
são tão pecados quanto trair a esposa, acessar conteúdo pornô na internet,
“ficar” com todos os caras e gatas que quiser quando há consenso entre dois
adultos, certo?! ERRADO!
“Fujam da imoralidade sexual. Todos os
outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca
sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. Acaso não sabem que o corpo de
vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por
Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto,
glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.”
I Coríntios 6:18-20
É
claro que o pecado sexual difere dos outros pecados por causa das
consequências. As tentações sexuais não somente nos atacam diariamente, como
trazem consigo efeitos capazes de mudar radicalmente nossa vida, casamento,
filhos, igreja e a comunidade onde vivemos. Contudo, aparentemente, pouca gente
encara essas consequências com suficiente seriedade. Como uma armadilha à
espera de sua presa que é atraída a ela por causa do prêmio oferecido, o pecado
sexual prende TODAS as áreas da vida – emocional, espiritual, física, psicológica,
financeira, social.
Por que as
pessoas caem em QUALQUER pecado sexual? Porque se aproximam demais das
oportunidades, em vez de fugir das tentações. Fugir é um comportamento radical.
Fugir não significa se afastar, não significa evitar, não significa não
alimentar, muito menos ignorar. Fugir significa “correr fora, com todas as
forças, o mais rápido possível, para o mais longe que conseguir”. A Bíblia
não nos ensina a fugir da mentira, bebedice, gula, bisbilhotice, fofoca, apesar
de não aprovar nenhuma dessas condutas. Você reparou o que diz o versículo
18 do texto que lemos em ICoríntios 6? Nos diz para FUGIR da imoralidade
sexual. Existe uma razão para isso? Óbvio que sim! O pecado sexual pode
custar o seu casamento, colocar em risco e vida e a guarda dos seus filhos.
Você pode contrair uma doença venérea, que pode custar sua vida ou arruiná-la
para sempre. Pode custar seu emprego, seu ministério eclesiástico, sua
reputação, seu nome, autoestima, caráter, tudo o que você julgava garantido e
permanente.
“Pessoas normais perguntam: “Quão perto posso chegar sem ir longe demais?”
Responderei com algumas questões. “Quão perto você pode chegar de uma cascavel
sem que ela seja perigosa? Quanto tempo você consegue segurar um fio com
corrente elétrica sem ser eletrocutado?” Gente sábia estabelece a maior
distância possível entre si e a tentação sexual. Não só fogem dela, como
planejam uma rota de fuga.”
Craig Groeschel
O efeito
colateral do pecado sexual é profundamente espiritual. Quando cometemos um pecado
na área do sexo, como habitação do Espírito Santo, morada de Deus, deixamos de
ser a pessoa que Deus nos criou para ser, deixamos nítida a mensagem “Quem
manda no meu corpo sou eu, não Deus, e como tal, faço o que bem entender com
ele.”.
O sexo é um
dos presentes mais lindos e gratificantes que Deus nos concedeu. Fomos feitos
de modo a encaixar. Fomos criados como macho e fêmea, de modo que nos foi
confiado o ato íntimo de fazer amor como símbolo de um relacionamento de
compromisso e aliança, quando decidimos unir nossa vida a alguém do sexo
oposto. Por isso toda relação sexual entre pessoas do mesmo sexo, homem e
animal e afins são declaradamente proibidas por Deus. Por isso todo tipo de
experimentação fora do casamento, todo tipo de masturbação, todo tipo de
pornografia, não apenas são pecaminosas, contagiosas, viciosas, perniciosas,
como também tem um único objetivo: “roubar, matar e destruir”.
“Há
caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte.”
Provérbios 14:12
Em nossa
cultura atual, praticamente ninguém pode afirmar não ter uma ferida sexual. Se
sua mente está entorpecida e sua alma ferida, lembre-se: Deus pode e quer
curá-lo. Quando Deus pode ajudar? Somente quando deixamos, quando nos
arrependemos, pedimos perdão e clamamos por socorro. Existem também pessoas
capacitadas a ajudarem se você procurá-las. Mas você pode contra afirmar:
“posso resolver esse problema sozinho”. Se fosse possível, já teria feito isso,
não acha?
Você já ouviu a história sobre como os
esquimós tratavam o problema dos lobos que atacavam os rebanhos deles? Essa
história me faz pensar sobre o impacto que o pecado sexual traz sobre a vida de
quem é atraído e preso em sua armadilha. Mas vamos ao que interessa: Conta-se
que os habitantes das aldeias esquimós geralmente matavam algum animal pequeno,
como um coelho, e deixavam o sangue dele escorrer por completo. Mergulhavam uma
espada ou uma faca de corte duplo bem afiada no sangue do animal e congelavam
para fazer picolé de sangue. Repetiam o processo várias vezes, camada após
camada, deixando uma última camada de sangue não congelado formando uma
casquinha, como nos picolés de sangue com casquinha de chocolate (tudo bem, sei
que essa história é horripilante, mas não deixe de conferir, é muito
interessante e edificante!). Por fim, penduravam o picolé num local, como uma
árvore, perpendicular ao chão, de modo que à noite, quando um lobo chegava e
farejava o sangue começava a lambê-lo. E lambia, lambia, lambia, enquanto sua
língua ficava anestesiada (acostumada com o gelo, assim como nós quando
apreciamos um picolé), só que a lâmina também cortava a língua sem que ele
percebesse e com isso o sangue do lobo escorria, mas a boca dele já estava tão
cheia de sangue, que o sangue quente só o incitava a querer lamber e provar
mais ainda o seu delicioso picolé de sangue. Até que ele caia em si e ao
perceber a língua toda machucada, sangrando sem parar, fugia para um local
distante e sangrava até a morte (repugnante, não?! Ficou nauseado de imaginar?!
Eu também!).
É hora de
tratar com as algemas que o mantêm escravizado e deixar a prisão que a
imoralidade sexual criou em sua vida. Ouça a voz do Pai Celestial que nos chama
em meio a essa zoeira e barulho da nossa cultura: “Não quero ver você cativo. Não quero você sofrendo com o poder
destruidor do pecado sexual. Eu o amo e quero ver você livre para seguir
adiante, livre para amar e ser amado de verdade, livre para viver e não morto
no pecado!”.
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