Ai, que raiva!
Já lhe ocorreu de estar com tanta raiva que a própria falta de controle sobre a
raiva o surpreendeu? Pois foi a esse ponto que cheguei! Sempre me julguei, ou
ao menos tentei, controlar a constante raiva que havia em mim, desde a infância,
entretanto me vi dominada por uma raiva maior que eu mesma e assustei! Por que
estou tão cheia de raiva? Por que parece que agora estou a ponto de explodir de
raiva facilmente com um mínimo incidente? De onde vem tamanha raiva?
Senti-me como
um brinquedo defeituoso e quebrado que não conseguia se consertar, logo clamei
ao Fabricante por socorro e Ele enviou-me uma ferramenta eficaz, que muito me
auxiliou na compreensão e tratamento da raiva: Um livro chamado “O manual da
raiva”, escrito pelos doutores Les Carter & Frank Minirth, especializados
nas áreas de psiquiatria e neurologia, e no tratamento de desordens emocionais
e relacionais, publicado no Brasil pela editora Thomas Nelson.
Com minhas
palavras, quero compartilhar resumidamente um pouco do que aprendi com a
leitura desde livro, na esperança de ajudar e abençoar você que me lê, assim
como fui agraciada.
Todo ser
humano sente raiva! Somos imperfeitos, habitamos um mundo imperfeito, onde há
injustiça constante e encontraremos essa emoção com uma regularidade maior do
que a que gostaríamos. Ninguém pode afirmar ser imune à traumas emocionais.
Apesar disso, as pessoas gostam de fingir que não tem problemas profundos na
vida. Essa mentira provoca ainda mais estresse, raiva e tensões dentro de si e
nos relacionamentos.
A raiva surge
como um mecanismo de defesa, sempre que somos ignorados, maltratados,
rejeitados, incompreendidos, não amados, seja por pessoas ou até mesmo por nós.
O orgulho, o medo, a solidão e o sentimento de inferioridade são as emoções que
mais provocam a raiva, que prospera nas necessidades não atendidas.
O modo como
lidamos com a raiva é mais importante do que a causa da raiva, por assim dizer.
Por quê? Imploramos por problema quando exigimos que a justiça seja feita para
que só depois controlemos a raiva. Na maioria das vezes, as pessoas que nos
ofendem e as circunstâncias que nos incitam à raiva não mudarão, não se
arrependerão, não pedirão perdão e, se nos rotularmos e agirmos como vítimas
dos erros que suportamos, nos tornaremos eternas vítimas!
Quando
perpetuamos a raiva, em vez de abandoná-la, as pessoas ao nosso redor sofrem?
Sim, mas quem arca com o maior prejuízo somos nós mesmos! A qualidade de vida e
de relacionamentos sofre consideravelmente quando escolhemos manter a raiva, o
que nos leva a um novo ciclo de solidão, medo, rejeição, inferioridade e
orgulho. Como quase tudo na vida, manter ou mandar a raiva embora é uma questão
de escolha. Escolha essa que não podemos fazer sem a ajuda de Deus, pois Ele é
quem nos dá a capacidade, a sabedoria e a força interior necessárias para
tratar com problemas e para lidar com todo comportamento e/ou emoção
prejudicial e improdutiva.
Ao decidir
desafiar o governo de Deus sobre sua vida, Adão tomou o controle da própria
vida. Ao oferecer a Adão a oportunidade de ser Rei sobre si, Satanás conseguiu
cativar o homem a desenvolver um padrão de pensamento egocêntrico: Ansiamos por
fazer o mundo se curvar à nossa vontade e quando não conseguimos, ganhamos todas
as formas inapropriadas de raiva.
A imagem que o
ser humano tem de si é tão segura quanto as pessoas a quem confiamos nossas
emoções, por isso precisamos basear nossa imagem em Deus. Deus nos aceita com
nossas imperfeições. Apenas Ele nos ama mais do que conseguimos amar a nós
mesmos e tem todas as ferramentas necessárias para nos conduzir durante as
quedas. Podemos contar com Sua ajuda para vencermos, se assim o desejarmos. A
escolha como sempre cabe a nós, pois se decidirmos perpetuar a raiva, não será
Deus aquele que nos fará abandoná-la.
Para pensar:
“Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você
está acumulando ira contra si mesmo.” Romanos 2:5a
“Não permita que a ira domine depressa o seu espírito, pois a ira se
aloja no íntimo dos tolos.” Eclesiastes 7:9
“O rancor é cruel e a fúria é destrutiva.” Provérbios 27:4a
“Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade,
maledicência e linguagem indecente no falar.” Colossenses 3:8
O tolo dá vazão à sua ira, mas o sábio domina-se. Provérbios
29:11
Pri,
ResponderExcluirMuito bem colocado, inclusive com os versículos apropriados. Precisamos todos escolher a Cristo, o que significa mansidão. Obrigada pelas suas colocações e por dividir consoco o que aprendeu!
Com carinho,
Patty