“O dinheiro move o mundo, mas não move a mão de Quem o criou.”
Pregador Luo
Há alguns dias
eu tive o prazer e privilégio de conhecer o trabalho de um homem bem influente,
chamado Napoleon Hill! Este homem dedicou 20 anos de sua vida à análise de 500
pessoas excepcionalmente ricas, inicialmente, a pedido do Sr. Andrew Carnegie,
sobre qual é o segredo da riqueza, independente do setor da vida em que foi
adquirido. Apesar de não concordar em diversos aspectos com sua mensagem propagada
no livro Think and Grow Rick (Quem pensa enriquece),
devo admitir reconhecer a atração do dinheiro e da riqueza sobre a humanidade e
dedicar 20 anos de sua vida focado em algo tão passageiro é muito tempo!
Pensemos a
respeito do conceito de riqueza. Quem é a pessoa mais rica que você conhece?
Sabia que muita gente rica não acredita que é rica? Alguém já o considerou rico
(um colega de trabalho, um amigo, um conhecido, alguém que você conheceu em uma
de suas viagens)? Creio que todos temos a tendência de nos colocarmos na
categoria “não rico (não que nos consideremos pobres)”, apesar de todos
conhecermos pessoas que vivem com muito menos do que temos, além do fato de
conhecermos pessoas “cheias da grana” que optam por não acreditar serem ricas
(elas também conhecem milionários e zilionários).
Lembro-me de
ler ou ver algum documentário na TV (desculpem, apenas anotei os dados, pois me
chocaram por deveras!), há muito tempo, sobre um estudo chamado “Dinheiro e felicidade”
realizado pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, discursando sobre como
a satisfação da vida é afetada não pela quantidade de dinheiro que uma pessoa
tem, mas pela classificação da renda dela. A
pesquisa concluiu que para alguém se sentir satisfeito sua renda e posses tem
que ser superior a de seus conhecidos. Isso mostra que não importa quanto
dinheiro uma pessoa ganhe, se ela conhecer alguém que ganhe mais, ainda que
ganhe muito, não se dará por satisfeita.
Por que não
importa quanto tenhamos jamais é suficiente? Porque há sempre mais para
cobiçar. Um carro novo, uma casa maior, a tecnologia do momento, a vestimenta
da moda, o lançamento do mês. E por causa do nosso sistema de comparação
a maior parte das pessoas não se considera nem perto de ser rica, apesar de o
ser. Por que digo que quase todos nós que estão lendo esse artigo são ricas?
Porque temos oportunidades que outras pessoas não tem, ou seja, nos foram
apresentadas oportunidades de gente rica. Como: Saber ler, ter condição de comprar
livros e ter internet em casa ou em um aparelho portátil, usufruir de água
encanada e sistema de aquecimento.
Sejamos
honestos, a maioria de nós está se saindo muito bem! Temos emprego,
estabilidade, escola para nossos filhos, moramos confortavelmente e com
segurança, etc. E se você tivesse que morar numa zona de guerra, como o povo de
Israel, Palestina e região? E se tivesse que enfrentar a aglomeração e o
controle de população existente em países como China? E se tivesse que passar
pelo que quase toda população africana passa, sem água, muito deserto, sem
contar a falta de estrutura para crescimento e melhorias de seu povo? E se você
tivesse que orar a Deus pelo pão de cada dia como Jesus ensina na oração do Pai
Nosso (ah, fala sério! Sua dispensa e geladeira, assim como a minha, estão
cheias de pães, bolachas, arroz, macarrão, frutas, e você jamais teve que fazer essa oração: “O pão nosso de cada dia
dá-nos hoje”, pois não sei o que comerei neste dia, não sei de onde virá a
provisão para me alimentar, Deus!). Converse com seus avós sobre como foi a
vida deles! Melhor ainda, converse com seus pais e note que muito luxo que
desfrutamos atualmente sequer esteve ao alcance dos mais ricos da época deles!
Sim, somos
ricos, pois Deus nos tem confiado tantos recursos que podemos usá-los para
fazer uma enorme diferença nas vidas ao nosso redor. Com o que temos, podemos
tocar precisa e profundamente milhares de pessoas! Mas aí você me diz: Não
tenho dinheiro suficiente para mim, quanto mais para ajudar outras pessoas! Ah,
se eu ganhasse mais, aí sim... Cuidado! Você pode estar usando de tantas
desculpas que além de enganar as pessoas, foi enganado por si mesmo!
Todos os dias,
dizemos: Não tenho tempo para isso, não tenho dinheiro para aquilo. A verdade é
que Deus já nos deu tudo o que precisamos para fazer aquilo que Ele quer que
façamos, entretanto somos péssimos mordomos e administradores piores ainda! Damos muita desculpa, mas sempre encontramos
tempo e dinheiro para o que é realmente importante para nós. Preste atenção
da próxima vez em que reclamar “Não tenho tempo para isso, não tenho dinheiro
para aquilo” e veja se de fato não está dizendo “Isso não é uma prioridade para
mim, ou não tenho tanto interesse para investir meu tempo e dinheiro naquilo”.
Uma mesma
pessoa que chega para mim e diz que não tem dinheiro para comprar um livro, ou
para fazer uma doação na igreja para ajudar os órfãos ou algum outro projeto,
pode sair dali e gastar facilmente uma quantia bastante superior em uma pizza
ou numa rodada de bebidas e tira-gostos com os amigos.
Uma mesma
pessoa que diz não ter tempo para ler um capítulo da Bíblia ou reservar meia
hora para orar todos os dias, pode facilmente desperdiçar ao longo do dia mais
de três horas diante do Facebook, assistindo seus programas favoritos, lendo o
jornal diário ou com qualquer outra prioridade na vida dela.
Não nos
faltam condições e sim coração. Em vez de perguntar: “O que você tem na
carteira ou na conta bancária?” pergunto-lhe: “O que tem no seu coração?”. Para
que você trabalha e ganha dinheiro? Para sustentar uma ilusão ou para viver e
transmitir vida aos outros? Vive cansado, estressado e insatisfeito ou vive
contente, com contentamento e gratidão? Vive distraído com todos os problemas
de um rico normal (com medo de perder tudo que tem e ter que viver como um
pobre, pé rapado, por exemplo?) ou vive pela fé, confiando em Deus para cada
necessidade, que Ele certamente suprirá e tem suprido dia após dia? Vive leve
ou pesado?
“A leveza é um dom. Aprecio os que sabem viver no pouco, os que viajam
com poucas malas e os que descobriram que, ao contrário do que pensamos, as
coisas não nos deixam mais ricos, apenas mais pesados. Infeliz é aquele que se identifica com o que tem. Aquele que não sabe
diferenciar a felicidade das realidades materiais. Aquele que confunde
felicidade.”
Padre Fábio de Melo
Para
refletir:
“Alguns
fingem que são ricos e nada têm; outros fingem que são pobres, e têm grande
riqueza.”
Provérbios 13:7
“De fato, a piedade com contentamento é
grande fonte de lucro, pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos
levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso
satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em
muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na
ruína e na destruição, pois o amor ao
dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro,
desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.”
I Timóteo 6:6-10
“E,
quando Deus concede riquezas e bens a alguém, e o capacita a desfrutá-los, a
aceitar a sua sorte e a ser feliz em seu trabalho, isso é um presente de Deus.”
Eclesiastes 5:19
“A quem muito foi dado, muito será exigido;
e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.”
Lucas 12:48b
“Vocês serão enriquecidos de todas as
formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso
intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus.”
II Coríntios 9:11
"Não acumulem para vocês tesouros na
terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam.
Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não
destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu
tesouro, aí também estará o seu coração.”
Mateus 6:19-21
“Não amem o mundo nem o que nele há. Se
alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo —
a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do
Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade
de Deus permanece para sempre.”
I João 2:15-17