"Somos uma obra de arte que Deus está construindo e que, portanto, não lhe satisfará enquanto não adquirir as características que Ele espera. Isso não é uma metáfora, mas, sim, a realidade! Um artista não se esforça muito para fazer um desenho rápido a fim de distrair uma criança: é provável que ele se contente e aceite o resultado, mesmo que não seja exatamente o que ele esperava. Mas, quando se dedica à maior obra de sua vida - o trabalho que ele ama com a mesma intensidade, embora de forma diferente, com que um homem ama uma mulher ou uma mãe a seu filho - ele se esforça incansavelmente. E, se a obra tivesse a capacidade de sentir, o artista causaria nela incômodos sem fim. Podemos imaginar uma pintura que pudesse sentir, como seria para ela ser apagada, esfregada e recomeçada pela décima vez. O desejo dela seria se reduzir a um desenho qualquer, que se faz em um minuto. Da mesma forma, é natural que desejemos que Deus tivesse planejado para nós um destino menos glorioso e menos árduo, mas nesse caso estaríamos desejando receber menos amor e não mais."
C. S. Lewis,
em O problema do sofrimento.
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