terça-feira, 31 de outubro de 2017

Descobrindo o que de fato foi a Reforma Protestante

Você com certeza já ouviu falar sobre a Reforma Protestante, quer pelos múltiplos meios de comunicação, pela grande mídia ou mais provavelmente através das aulas de história da sociedade na sua escola ou faculdade. Desde o ensino fundamental ao ensino médio você ouviu sobre o destemido monge Martinho Lutero, que, tendo acesso às Escrituras Sagradas, colocou os ensinos da igreja proeminente de cabeça para baixo.

Você pode ter aprendido que Lutero foi um grande líder social; lutou contra as classes mais nobres: os príncipes, o papa e os poderosos religiosos, e ficou ao lado dos mais desprovidos, do povo oprimido e trabalhador, como se Lutero houvesse lido O Manifesto Comunista e não a epístola de Paulo aos Romanos. Mas, independentemente da forma e do quê você ouviu e aprendeu sobre Martinho e o movimento da Reforma, peço que prossiga comigo nessa viagem literária e espiritual através dos séculos, ou mais exatamente, 500 anos atrás. E veja, com os seus próprios olhos, o que o poder do evangelho pode fazer.

Agindo eu, quem o impedirá?
Isaías 43:13
Como estava a situação da igreja de Cristo naquele momento

Muito resumidamente, a igreja de Cristo iniciou-se no dia de Pentecostes. A igreja primitiva progrediu unânime na doutrina dos apóstolos, a sã doutrina possuía uma única forma e era arduamente defendida e vivida pelos nossos irmãos.

E perseveravam unânimes na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
Atos 2:42
Entretanto, muitos cristãos sofreram perseguições terríveis e foram mortos. Em 313 d.C. Constantino aliou-se estatal e politicamente ao cristianismo e terminou com a perseguição aos cristãos, tornando o cristianismo a religião oficial do império. O imperador e a sua sucessão influenciou em grande parte na inclusão da igreja cristã à dogmas baseados em meras tradições. O cristianismo verdadeiro fora deturpado por ensinos humanos e inúmeras heresias ao longo dos séculos. Alguns resultados principais: início do papado, compra e venda de indulgências, antropocentrismo, distorções teológicas, restrição do acesso às Escrituras e inúmeras perseguições e mortes em nome da fé cristã. O verdadeiro evangelho havia perdido a sua inicial forma, era necessário uma reforma. Já haviam reformadores anteriores à Lutero que visavam a defesa do verdadeiro evangelho, mas o marco principal da reforma ocorreu em 1517.

Quem foi Martinho Lutero e o que ele fez

Resumidamente, Martinho Lutero foi um monge agostiniano e também professor de teologia. Antes de sua vida eclesiástica, ele ingressou na faculdade de direito, mas após uma grande tempestade ocorrida naquele mesmo ano, um raio caiu próximo de onde ele estava passando. Muito aterrorizado, teria então, jurado, que se sobrevivesse, se tornaria um monge; e assim aconteceu. Em 1508 começou a lecionar teologia na Universidade de Wittenberg, Alemanha. Também pregava na Igreja do Castelo de Wittenberg, e foi durante esse período que ele se deu conta dos problemas do oferecimento de indulgências aos fiéis. Então, em 31 de outubro de 1517, foram afixadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto a uma disputa escolástica sobre elas. Essas teses condenavam o que Lutero acreditava ser a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso, e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgências significavam. As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Ao cabo de duas semanas se haviam espalhado por toda a Alemanha e, em dois meses, por toda a Europa.

O Papa Leão X ordenou, em 1518, ao professor Silvestro Mazzolini que investigasse o assunto, este declarou ser Lutero um herege e escreveu uma refutação acadêmica às suas teses. O Imperador Carlos V inaugurou a Dieta de Worms em janeiro de 1521, onde Lutero foi chamado a renunciar ou confirmar seus ditos. Em 16 de abril, Lutero apresentou-se diante à Dieta. O assistente do Arcebispo mostrou a Lutero uma mesa cheia de cópias de seus escritos. Perguntou-lhe, então, se os livros eram seus e se ele acreditava naquilo que todos os seus tratados diziam. Lutero pediu um tempo para pensar em sua resposta, o que lhe foi concedido. Este, então, isolou-se em oração e depois consultou seus aliados e amigos, apresentando-se à Dieta no dia seguinte. Quando a Dieta veio a tratar do assunto, o conselheiro pediu a Lutero que respondesse explicitamente à seguinte questão: “Lutero, repeles seus livros e os erros que eles contêm?” Lutero, então, respondeu:
Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão – porque não acredito nem no Papa nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos – pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável. Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição. Que Deus me ajude!
Nos dias seguintes, seguiram-se muitas conferências privadas para determinar qual o destino de Lutero. Antes que a decisão fosse tomada, Lutero abandonou Worms. Durante seu regresso à Wittenberg, desapareceu. Por fim, Lutero foi exilado, traduziu as Escrituras para o alemão e pregou sermões.

A realidade da vida espiritual de Lutero e as suas reais intenções 

A vida espiritual de Lutero anterior ao seu entendimento bíblico era conturbada. Lutero era afligido de dia e de noite por contínuas obsessões por causa da sua tentativa de justificação própria. A igreja católica romana era a única igreja que representava oficialmente o cristianismo, e o cristianismo não era pregado. Não haviam sermões fidedignos e expositivos das Escrituras. Entretanto, quando Lutero deparou-se com Romanos 1:17,  masmorras da mente humana foram destravadas. Esta chave dourada encontra-se na Verdade brevemente contida no texto diante de nós: “O justo viverá pela fé”:
Esta sentença, “O justo viverá pela fé”, produziu a Reforma! Desta linha, a partir da abertura dos selos do apocalipse virão todos os sons das trombetas do evangelho e todas as canções evangélicas como o som de muitas águas. Esta única semente – esquecida e escondida nas trevas da era medieval – foi trazida de volta, colocada no coração dos homens, cresceu pelo Espírito Santo de Deus, para no final produzir grandes resultados.
Por Charles Spurgeon

Os pilares da Reforma Protestante (Os cinco solas) e a teologia reformada

Além de Martinho Lutero, outros nomes são importantes para o movimento: João Calvino, Ulrico Zuínglio, John Knox, dentre outros. As proposições teológicas reformadas são compiladas em frases latinas que surgiram para enfatizar a diferença entre a teologia reformada e a teologia romana. A palavra latina sola, significa “somente” na língua portuguesa.


Sola Fide: Somente a Fé
Sola Scriptura: Somente as Escritura
Solus Christus: Somente Cristo
Sola Gratia: somente a Graça
Soli Deo Gloria: Glória somente a Deus


Entretanto, a teologia reformada não pode ser resumida somente aos cinco solas:
Ela é muito mais ampla do que os cinco “solas” e os cinco pontos do calvinismo (Veja o que são os cinco pontos do calvinismo, ou, a doutrina da Graça aqui). Estes são apenas a base. A visão de mundo trazido pela Reforma mudou continentes e criou nações. Na visão reformada, Cristo é Senhor de todas as áreas da vida: artes, economia, política, educação. “Não há um centímetro quadrado da realidade sobre o qual Cristo não possa dizer: ‘é meu’.”

Por Abraham Kuyper
Precisamos conhecer a teologia reformada

Logo, o grande movimento da Reforma não foi por mero acaso, força humana, eloquência ou perspicácia do monge ou de qualquer outro reformador, mas pelo poder da Palavra de Deus. A Reforma foi uma volta ao evangelho bíblico que os apóstolos ensinaram. A sã doutrina da justificação por Cristo através da fé iluminou corações e reconciliou homens com Deus, com resultados extraordinários que persistem até os dias de hoje.

É maravilhoso e um grande privilégio que tenhamos a oportunidade de conhecer a fundo a teologia reformada e que resgatemos a sã doutrina para que as nossas vidas pessoais sejam transformadas pelo poder da Palavra. O evangelho não é de interpretação subjetiva ou moldado para que sacie os nossos apetites. Ele é poderoso e tem o poder de salvar um pecador das mãos de um Deus Santo e irado, moldá-lo à imagem do Filho e salvá-lo para sempre.

Nos próximos posts separarei algumas dicas de como você pode conhecer a teologia reformada e a importância de fazê-lo: com livros, pregações, artigos e vídeos. Que o Senhor nos ajude a sermos gratas de coração por tudo o que Ele tem feito através de Cristo, protegendo a sua Igreja remanescente do erro e do engano, e firmando-a na única doutrina verdadeira: a salvação é por Jesus e resulta numa vida de fé e santidade, à Sua imagem e semelhança, para a glória de Deus.


Curiosidades da Reforma

A frase em latim post tenebras, lux (após trevas, luz) resume o mote da Reforma do século 16. Essas “trevas” referem-se ao entendimento do cristianismo bíblico pela igreja, que se desenvolveu gradualmente durante a idade das trevas ao longo da era Medieval até o tempo da Reforma.


A teologia do sacerdotalismo dominava a igreja. O sacerdotalismo propõe que a salvação ocorre principalmente por meio das ministrações da igreja, através do sacerdócio, e particularmente através da administração dos sacramentos.

Os Reformadores responderam a esse sistema da maneira mais enfática no século 16. Todavia, eles não viram sua reação como revolucionária, mas como uma obra de reforma, chamando a igreja de volta às formas e teologia original da igreja apostólica.


Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos.
2 Timóteo 4:3-4 

Você, porém, fale o que está de acordo com a sã doutrina.
Tito 2:1

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir,
para corrigir, para instruir em justiça.
1 Timóteo 3.16

Fonte: Ana Julia, do

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Corvo Correio: Deus não é simples. Deus é Amor.

Pessoal, gostei demais desse artigo escrito pela Luísa do Amaral, do blog Corvo Correio, por isso compartilho com vocês:

 Sobre 1 Coríntios 13, Eclesiastes 3 e 12, Salmos 139, Jó 38, João 17 e 1 João 2.
     
     Eu sempre vou refutar categoricamente todas as pessoas que tentarem argumentar que Deus, em seu Ser, É simples, e que nossa razão é culpada por torná-Lo complicado. Tentar simplificar Deus pra fugir das armadilhas da racionalidade é uma estratégia furada. Depois de quase 2,000 anos de Cristianismo, 500 de Reforma, 471 do Concílio de Trento, um sem-número de livros, doutrinas, interpretações e denominações, é impossível dizer que Deus é simples.
     
     O conflito está na incapacidade da nossa razão, tão limitada, de apreender as coisas desde o começo até o fim - uma antítese da Eternidade que foi colocada por Ele no nosso coração. Milhares de anos não deram conta do Ser, que se perde em milhares de perguntas, e Deus não responde à todas elas. Tudo Ele fez apropriado em seu tempo, em Seu Tempo, e tal conhecimento vai além daquilo que podemos conhecer. Estaremos sempre um passo atrás. Ou muitos, muitos. "Nada faz sentido!", porque é grande demais para que caiba na nossa cabecinha. 
     
     Há muito que se refletir sobre a nossa pequenês quando nos colocamos como um sujeito em busca do conhecimento de Deus, seja na Palavra, ou nas coisas Criadas. Conhecê-Lo é impossível enquanto houver trevas em nosso meio, porque as trevas não compreendem a luz. Será que ainda falta muito, para que conheçamos como somos conhecidos? Não sei. Eu sou só humana. Eu não estava lá quando Ele lançou os fundamentos da terra, delimitou os mares, firmou as estrelas, ensaiou as estações. Não andei com Ele pelos mais profundos abismos, não conheci todos os cantos dos céus, não dou ordens às chuvas, não sou capaz de discernir os milhares de anos de história que convergiram pra formar quem eu e você somos. 
     
     Por isso, muitos fogem, rejeitam, abusam ou fetichizam um conceito de Deus - é um caminho mais fácil que assumir a derrota da nossa razão. Todo o Seu conhecimento é maravilhoso demais e está totalmente além do meu alcance. Ele é elevado demais para que eu O possa conhecer. Mas Ele abriu uma porta. O Deus, criador dos céus e da terra, compartilhou com a humanidade o Seu coração, e nos revelou um segredo maravilhoso - Ele É Amor. E isso, hoje, me importa mais.
     
     Sim, Ele É Amor nos importa mais. Porque um Deus Grande, Glorioso, Altíssimo, Todo-Poderoso, Eterno, e Santo, É a evidência suprema do quão distantes dEle nós estamos. E estaríamos, pra sempre, se Ele também não fosse Amor. O Amor dobra nossos joelhos, quebranta nosso coração, destrói o nosso orgulho, e convence um Deus Soberano a esvaziar-se de Si mesmo, e tornar-se homem, de carne e osso, como nós. Ele desafiou nossas motivações, nossa justiça, nossa ética, nossas ações, e se entregou, em nosso lugar, bebendo do cálice que era nosso, para abrir uma porta que nos permitiria estar com Ele para sempre, conhecendo-O, e experimentando a satisfação sem fim da Sua Glória. 
     
     Um Deus Criador Grande e Glorioso seria apenas um objeto de terror e um fato lamentável à uma humanidade caída, incapaz de escolher o bem, em vez do mal, e a vida, em vez da morte. Mas, ainda que nós sejamos tão pequenos, Ele nos ama. Uma vez, um amigo viu Deus e Sua Criação como um Pai se deleitando nos rabiscos indecifráveis do filho pequeno - "um dia, meu filho, você se conhecerá, como Eu já te conheço". Mas, exatamente como o Pai e o filho pequeno, enquanto não crescemos, nos conectamos pela Aliança Eterna do Amor. Se amar como Ele amou, e andar como Ele andou, é estar nEle, eu fico aqui até o fim dos meus dias. Um dia, eu verei face a face, e não mais por espelho; mas, até lá, enquanto minha mente caída apenas consegue imaginar a Sua Glória, eu me contento em saber que Ele é Amor - e isso, basta. 

sábado, 21 de outubro de 2017

Vamos pensar sobre ABORTO?

Hoje, terminei de ler o livro "Por que ser a favor da vida?", do Randy Alcorn. Fiquei estarrecida com tantas coisas que li (as mais importantes, fiz questão de compartilhar aqui com você, espero que as informações sejam úteis para ajudar alguém em certo momento de sua vida).

Penso que todos nós, num momento ou outro da vida estaremos em contato com pessoas que estão pensando em abortar ou já o fizeram. Eu recomendo a leitura desse livro. De qualquer modo, copiei aqui todos os trechos que mais me marcaram na leitura:
Você sabia que
* Todos os dias, ocorrem em média 3.753 abortos nos EUA (penso que a situação no Brasil não está tão diferente), mais do que todas as vidas perdidas em 11 de setembro de 2001, no ataque terrorista ao World Trade Center, em NY.

 * 43% das mulheres que abortam se identificam como protestantes e 27% como católicas? Portanto 2/3 dos abortos nos EUA são feitos por mulheres com filiação cristã. A questão do aborto não tem a ver com a necessidade da igreja de falar ao mundo. Tem a ver com a necessidade da igreja de falar A SI MESMA primeiro e DEPOIS ao mundo.
* “Um simples filamento de DNA de uma célula humana contém informações equivalentes a uma biblioteca de mil volumes”. R. Houwink

* “Os provedores de aborto têm se tornado mais diretos ao admitirem o que ocorre neste procedimento. O Dr. Warren Hern, que ensina médicos a fazer abortos, descreve seu trabalho:

 ‘Eu comecei o aborto em uma jovem com uma gravidez de 17 semanas... Então, inseri o fórceps no útero e o posicionei na cabeça do feto que ainda estava vivo, já que a injeção fetal não é aplicada em tal estágio de gravidez. Fechei o fórceps esmagando o crânio do feto e o retirei. O feto, então morto, deslizou para fora mais ou menos intacto.’

 Esse homem, que tem dedicado a vida a realizar abortos e ensinar outras pessoas a fazê-lo, não tem dúvida alguma que o aborto mata um bebê.”

* Pense nas implicações bizarras deste duplo padrão. Se uma mulher agenda um horário para fazer um aborto, mas a caminho da clínica seu bebê morrer dentro do útero, o assassino do bebê será processado por assassinato. Todavia, se esse assassinato não ocorrer, uma hora mais tarde o médico será pago para realizar um procedimento legal matando exatamente a mesma criança (de um jeito que provavelmente seja mais medonho). Para a criança, que diferença tem quem a mata?

“Sites da Internet exibem imagens impressionantes de ultrassom – alguns mostram claramente o bebê não-nascido sorrindo, bocejando, espreguiçando e dormindo. Ainda assim a negação permanece surpreendentemente forte. Quando mostrei a fotografia intrauterina de um bebê não-nascido a uma defensora pré-escolha – uma universitária formada e inteligente – ela me perguntou: “você acha mesmo que vai enganar alguém com essa trucagem?”. Eu lhe respondi que ela poderia consultar os compêndios da Faculdade de Medicina de Harvard, a revista Life, ou a obra de Nilsson, A Child Is Born e encontrar as mesmas fotos. Ela não quis me ouvir. Por quê? Porque estava de fato dizendo: “Trata-se naturalmente de uma criança nessa fotografia e por não querer acreditar que o aborto mata uma criança, recuso-me a acreditar que se trata de uma fotografia verdadeira”.”

* “Os defensores dos direitos dos animais alegam que, a fim de poder argumentar, eles têm de mostrar fotografias terríveis, como bebês-foca sendo espancados até a morte. Se há um lugar para se olhar para estas fotos, não há um lugar para se olhar as fotos de abortos? E se o aborto não é matar bebês... então por que essas fotos são tão perturbadoras?

 A solução para o Holocausto foi proibir as fotos repugnantes? Ou a solução foi acabar com o extermínio?

 A solução para o aborto é se livrar das fotos de bebês mortos? Ou é se livrar do que está matando os bebês?”

* “Um abolicionista de Portland, Oregon, Jim Newhall, disse: “Nem todos devem nascer. Eu creio que para um bebê a vida começa quando a mãe o quer”. Portanto, a vida humana se torna real apenas QUANDO e SE outra pessoa a valoriza?
 No caso judicial Roe versus Wade, 1973, a decisão da Suprema Corte questionou se o bebê não-nascido tinha vida “significativa”. Entretanto, significativa para quem? Todo ser humano não considera significativa a vida que teve no útero, já que se fosse encerrada, ele agora não estaria vivo?

 Os brancos decidiram que os negros eram menos humanos. Os homens decidiram que as mulheres tinham poucos direitos. Os nazistas decidiram que a vida dos judeus não era significativa. Agora, a gente decide que os pequenos não são significativos o bastante para ter direitos.”

* "É fato científico que há processos de pensamento em ação nos bebês não-nascidos. A Associated Press divulgou um estudo mostrando que os "bebês começam a aprender a futura língua que falarão já antes de nascer". Estudos revelam que ainda no útero de suas mães, os "fetos escutaram, perceberam, ouviram e aprenderam algo da estrutura acústica da língua materna"."

* “A partir do momento que algo é considerado como moralmente permissível porque pode parecer gerar felicidade, não há nada que não se possa incluir na mesma perspectiva.”

* “De fato, “a maior categoria A Favor do Aborto é de MACHOS brancos, entre 20 e 45 anos de idade”. Mais especificamente, “o grupo que defende o aborto de modo mais coerente é de fato o DE HOMENS SOLTEIROS”.

 É irônico o aborto ter se transformado em uma questão de direitos da mulher, visto que estimulou a irresponsabilidade e incapacidade masculina de se importar com as mulheres e crianças.”

* “Há muitas coisas em relação às quais você não é a favor da escolha – inclusive se alguém tiver o direito de escolher assaltá-lo, roubá-lo, invadir sua casa, furtar seu carro, ou enganá-lo em um acordo de negócios. É evidente que as pessoas tem liberdade de fazer essas escolhas, mas isso não significa que elas tem o direito.

 Quando nos opomos ao “direito de escolher” estuprar ou abusar de criança, não estamos nos opondo a um direito, estamos nos opondo a um erro. E não somos medíocres e fanáticos por fazê-lo.”

* “Nós não devemos deixar o aborto continuar ancorado à escolha. Em vez disso, toda vez que ouvirmos “a favor da escolha”, devemos perguntar e insistir que outros perguntem: De qual escolha estamos falando? Se for aborto, a questão é: Você acha que as pessoas devem ter o direito de escolher matar crianças? Opondo-nos ao aborto, nós não estamos nos opondo à escolha em geral, estamos nos opondo a UMA escolha em particular – MATANÇA DE CRIANÇA.”

* "A posição que defende a escolha sempre despreza o direito da vítima de escolher. Os negros não escolheram a escravidão. Os judeus não escolheram as fornalhas. As mulheres não escolheram o estupro. E os bebês não escolheram aborto."

* “Independente de nossa opinião sobre sexo fora do casamento, a gravidez em si não é errada, mesmo que o ato sexual que a resultou foi errado. Ninguém deve tratar a mãe como uma “garota má” ou “pressioná-la a resolver seu problema” abortando a criança. Nós devemos amá-la e ajudá-la durante a gravidez, oferecendo-lhe orientação quanto a criar uma criança ou optar pela adoção. Independente do que ela escolher, devemos apoiá-la.”
  • “As possibilidades de malformação nos filhos que nascem depois aumentam pelo aborto.
  • A frequência de morte precoce para bebês nascidos após a prática de abortos por parte da mãe está entre 2 e 4x a taxa normal.
  • Devido a aumentar o risco de parir um futuro bebê prematuramente, o aborto induzido parece ser responsável por milhares de casos de paralisia cerebral na América do Norte.
  • O Departamento Norte-americano de Saúde e serviços humanos realizou um estudo de vinte anos sobre as taxas de gravidez utópica indicando um aumento de mais de 500% desde que o aborto foi legalizado.
  • Apenas 33% das mulheres com gravidez ectópica (gestação fora do útero, responsável por 12% de todas as mortes maternais relacionadas à gravidez) terão um parto posterior de bebê vivo.”
* "Mulheres com um aborto dobram o risco de câncer cervical, em comparação às mulheres que não abortaram, enquanto mulheres com dois ou mais abortos multiplicaram o risco em quase cinco vezes."

* “Muitos estudos associam o aborto a um aumento na disfunção sexual, aversão ao sexo, perda de intimidade, culpa inesperada, casos extraconjugais, síndrome do estresse traumático, fragmentação da personalidade, reação de tristeza, abuso e negligência com a criança, além do aumento do abuso de álcool e droga. Um estudo do Elliot Institute indica que as mulheres que abortam tem cinco vezes mais probabilidade de abusar de drogas.”

* “A exigência do aborto para salvar a vida da mãe é um caso muito raro. Quando era Diretor Nacional de Saúde dos EUA, o Dr. C. Everetty Koop afirmou que, em 36 anos como cirurgião pediatra, ele nunca soube de uma única situação em que a vida de uma criança não nascida teve de ser tirada a fim de salvar a vida da mãe. O Dr. Landrum Shettles alegou que menos de 1% de todos os abortos é realizado para salvar a vida da mãe.”

* “Estudos realizados pelo Guttmacher Institute A Favor do Aborto mostram que quatorze mil abortos por ano são por causa de estupro ou incesto, o que equivale a 1% de todos os abortos. Outros estudos mostram que a gravidez resultante de estupro é mais rara, como UMA em MIL casos.

 Os defensores do aborto pregam que se desvie a atenção da vasta maioria dos abortos, focando-se no estupro, por causa de seu fator de solidariedade bem merecida. As frequentes alusões a esse ponto deixam a falsa impressão de que a gravidez resultante de estupro é comum, em vez de rara.

 Temos uma amiga queria que sofreu estupro e engravidou. Por causa das circunstâncias, para ela, criar uma criança não era o melhor. Ela entregou o bebê para adoção a uma família cristã. Nossa amiga tem contato com a família e com o bebê periodicamente. Não é fácil e a dor é grande – contudo seu impressionante consolo está em saber que o filho vive e é amado.”

 * “A questão não é COMO uma criança foi concebida, mas QUE ela FOI concebida. Ela não é um "produto de estupro" desprezível. É uma criação de Deus, única e maravilhosa.”

 * “Punamos o estuprador e abusador, não suas vítimas. A mulher não é mercadoria estragada - ela não é "mercadoria" mesmo, mas um ser humano precioso com valor e dignidade que nem mesmo o ato mais vil pode tirar dela. Do mesmo modo, A CRIANÇA NÃO É UM CÂNCER PARA SER REMOVIDA, MAS UM SER HUMANO VIVO!”

* “O fato de os pais desejarem ou não o bebê ainda deverá se ele merece ou não viver? Se este é um padrão legítimo antes do nascimento, por que não depois?
 O problema da indesejabilidade é um bom argumento para se querer crianças. Todavia, é um argumento fraco para matá-las.”

* “Estudos indicam que o abuso infantil é mais frequente entre mães que tiveram aborto anteriormente. Os estudos do Dr. Philip Ney indicam que isso se dá parcialmente devido à culpa e depressão causadas pelo aborto que limita a capacidade da mãe de criar vínculo com os filhos que vem posteriormente. O Dr. Ney documenta que o aborto diminui a barreira natural dos pais contra sentimentos de fúria em relação às crianças pequenas.”

* “Das cinco mil crianças dos EUA assassinadas todo ano (os números não incluem abortos), 95% são mortas por um dos pais ou pelos dois. Há uma noção predominante de que as crianças pertencem a seus pais. Os adultos pensam que tem o mesmo direito de se desfazer de seus filhos que a sociedade lhes assegurava ter antes de os filhos nascerem. A partir do momento que a mentalidade de abuso infantil domina uma sociedade, ela não se restringe a uma única faixa etária. Se as crianças não-nascidas não estão seguras, nenhuma criança está.”

* “As boas novas são que Deus a ama e deseja perdoá-la pelo aborto quer você soubesse o que estava fazendo, quer não. Todavia, antes de as boas novas poderem ser compreendidas, precisamos conhecer as más notícias.

As más notícias são que há culpa moral verdadeira e muitos de nós somos culpados de muitas ofensas morais contra Deus, das quais o aborto é apenas uma. (Romanos 3:23)
Talvez você pense: ‘Mas eu não mereço perdão depois de tudo que fiz.’. Você está absolutamente certo/a. Nenhum de nós merece perdão. Se o merecêssemos, não necessitaríamos dele. Essa é a questão da graça.

Cristo recebeu na cruz o que nós merecíamos, para que pudéssemos receber o que não merecemos – uma ficha limpa, um início novo.”

domingo, 15 de outubro de 2017

O sonho de um homem foi destruído em milhões

“Hugh Hefner, fundador da Playboy Enterprises e sua principal encarnação ideológica, morreu na quinta-feira aos 91 anos na Playboy Mansion, imerso na fantasia que criou. Ele será enterrado ao lado de Marilyn Monroe, o centroio inaugural da Playboy.

Em 1953, Hefner puxou a pornografia para fora das ruas culturais da segunda parte, vestiu-se com trajes e discursos sofisticados, deu-lhe um conjunto elegante e desonroso, tornou-se libertador e libertino, e empurrou-o para o mainstream como Playboy Magazine. Ele não era tão revolucionário como um homem que entendia seus tempos. Ele conhecia o "lado direito da história". Ele viu a fraqueza no flanco, atingiu astuto (e vagamente), e ganhou a batalha cultural: os velhos costumes sexuais foram decisivamente derrubados e a pornografia é penetrante. Mas a que custo?

Playboy (e a inundação de material cada vez mais explícito que o seguiu através da ruptura que fez na barragem cultural) não é uma empresa que existe para celebrar a beleza do corpo humano ou a maravilha da sexualidade humana. É uma empresa destinada a capitalizar financeiramente a inclinação humana caída para objetivar os outros para os nossos fins egoístas. Ele encoraja os homens e as mulheres de maneiras codividentes para ver as almas encarnadas como papéis incorporados no reality show virtual privado que chamamos de fantasia.

Hefner e muitos outros tornaram-se muito ricos, objetivando as mulheres e transformando-as em prostitutas virtuais - meras imagens corporais para serem usadas por milhões de homens que não se importam com elas, que as devoram em sua imaginação por prazer egoísta e depois jogam-nas no lixo . Hefner deu a essas mulheres o nome divertido de "companheiras de brincadeiras", uma má ironia de uma pessoa e de uma peça, acrescentando um insulto terrível a ferimentos horríveis.

Nós chamamos isso de perverso, pois é. Mas ao chamar isso de perverso, devemos confrontar nossa própria perversidade para objetivar os outros e resolver ainda mais a guerra contra ela. Nós, seres humanos, temos uma tendência horrível e pecaminosa de ver os outros como papéis - extras "muitas vezes presumíveis" - na imagem em mudança épica de nossa história, não nas almas no verdadeiro épico da história de Deus.


A natureza humana caída, desencadeada da realidade de Deus, procura construir sua própria realidade preferida. E usa outras pessoas para fazê-lo. Deixe-me usar como exemplo o que em primeiro lugar pode aparecer como uma música inofensiva e divertida, mas é algo menos inofensivo.

Em meados dos anos 60, enquanto a Playboy estava construindo um vapor no caminho para se tornar uma potência de mídia, a música brasileira de jazz / bossa nova "A garota de Ipanema" estava se transformando em um sucesso internacional, no caminho para ser o segundo mais importante música pop gravada na história.

A música é sobre um homem que observa diariamente uma bela garota andando por ele no caminho para a praia de Ipanema, no sul do Rio de Janeiro. Ela é "alta e bronzeada e jovem e adorável" e "balança tão legal e balança tão gentilmente", passando como uma música nas pernas. Ele está intoxicado com ela e "daria seu coração com prazer" a ela, mas "ela não o vê".

A música é leve, barata e quase parece inocente. Mas  não. A música é realmente a fantasia de um homem. Ele não sabe nada da garota que ele acha que ama. Se ela vir a ter um QI menor do que imagina ou uma condição médica séria, ele ainda a amaria? Se ela dirige a praia diariamente para escapar da agressão sexual de um parente, ou sofre de uma doença mental sutil, ele ainda daria seu coração com prazer a ela? Essa garota não é uma alma para ele; ela é um símbolo de algo que ele deseja e ele projeta nela um papel na fantasia de sua própria criação.

Isso é precisamente o que os humanos são tão propensos a fazer: ver os outros e o mundo, como uma projeção de nossas próprias fantasias. Mesmo nós, cristãos, podemos perder de vista o mundo como um campo de batalha de horrível guerra cósmica, com as pessoas apanhadas em seu fogo cruzado que precisam ser resgatadas e vê-lo como o lugar onde queremos nossos sonhos – auto centrado, egoísta, auto sonhos exaltantes e auto indulgentes - para se tornarem realidade. Quanto mais nos entregamos a tais fantasias, quanto mais inoculadas e adormecidas nos tornamos realidade e menos urgentes as necessidades reais de outras almas reais.

A garota de Ipanema tem uma conexão Hugh Hefner, pois ela era uma garota real. Os compositores (casados) da música costumavam sentar-se em um café perto da praia, vê-la caminhar e falar sobre os desejos que ela inspirou. Ela era uma garota de escola de 17 anos, às vezes vestindo seu uniforme escolar e às vezes usando seu biquíni.

Depois que a música explodiu em popularidade, os compositores informaram que ela era "a garota". Ela se tornou uma pequena celebridade brasileira, um símbolo nacional de atração sexual. Eventualmente, ela se tornou uma Playman Playboy brasileira, posando para a revista como uma mulher mais nova e depois posando novamente com sua filha adulta - duas gerações capturadas e exploradas pela fantasia de Hefner. Agora ela tem 72 anos, tentando ficar tão jovem e adorável quanto possível, pois ela é, afinal, a garota de Ipanema.

E ela é um exemplo de que a objetivação de outras pessoas não é inofensiva. Sua identidade foi forjada pela luxúria de dois homens para seu corpo adolescente. A indulgência e propagação e proliferação de fantasias não são inofensivas. As vidas reais são pegas nas engrenagens; Almas reais são moldadas e endurecidas e tornam-se resistentes ao que é realmente real, ao que é verdade. E elas podem ser destruídas. As pessoas são almas, não são papéis.

É tragicamente apropriado que Hugh Hefner seja enterrado ao lado de Marilyn Monroe. Monroe não era apenas o centro-inaugural da revista Playboy; ela se tornou e continua a ser a garota do cartaz do século 20, a objetivação sexual americana. Quase sessenta anos depois de sua morte suicida, ela continua sendo um ícone sexual na mente da maioria das pessoas, não uma alma quebrada que conhecia a solidão desesperadora de ser uma imagem sensual desejada por milhões, mas uma pessoa verdadeiramente amada por muito poucos. Hefner incentivou milhões e milhões de homens e mulheres a ver as pessoas da maneira que destruíram Marilyn Monroe.


É por isso que, homens (e, claro, não apenas homens), por ocasião da morte de Hugh Hefner, resolvam ainda mais abster-se das paixões fantasiosas da carne, que fazem guerra contra nossas almas - e não apenas a nossa, mas outras almas também (1 Pedro 2:11). Quando olhamos para uma mulher, seja Marilyn Monroe, a garota de Ipanema, colega de trabalho, colega de classe, membro da igreja, esposa de outro homem ou nossa esposa, diga-nos e, quando necessário, um ao outro: "Ela não é sua companheira de brincadeira!". Ela não é um objeto que, aos dezessete anos que você possa, em egoísmo, deseja usar para suas próprias concupiscências e atirar fora, ou em 72 você pode, em egoísmo, não se notar de nada.

Ela não é um jogador de papel incorporado em seu reality show virtual. Ela é uma alma encarnada cujo valor aos olhos de Deus excede todas as riquezas do mundo. Ela é a criação de Deus, não um objeto para sua recreação pecaminosa.

Hugh Hefner chamou-se de "o menino que sonhava com o sonho". Sim, ele sonhava com o sonho dele, ele vivia seu sonho e seu sonho o fazia rico. Ele morreu ainda sonhando. Somente Deus sabe quantas almas foram danificadas e destruídas por seu sonho. Que Deus tenha misericórdia.”

Jon Bloom, em 29/9/17,



http://www.desiringgod.org/articles/one-man-s-dream-destroyed-millions

sábado, 7 de outubro de 2017

Resenha do Graça por graça, pela Beatriz, do OL

Pessoal, A Beatriz Blog, do blog Oásis Literário, fez uma resenha do meu livro "Graça por graça". Se você ainda não leu este livro, mas deseja conhecê-lo pelo olhar de um outro leitor, clique aqui e leia no Blog dela:

http://www.oasisliterario.com/2017/09/resenha-graca-por-graca.html


Resenha do De graça em Graça, pelo Bruno, do Resenhas Cristãs

Pessoal, o Bruno Felipe, do blog Resenhas Cristãs, fez uma resenha do meu livro "De graça em graça". Se você ainda não leu este livro, mas deseja conhecê-lo pelo olhar de um outro leitor, clique aqui e leia a resenha no blog dele ;) :-

------ Resenhas Cristãs ------- Resenha toda semana!: Resenha #0036 - De Graça em Graça - Pri de Luz: Esse é um livro para quem está sofrendo. Para quem precisar da Graça de Deus em meio à:   Dor. Luta. Tempestade. E também em meio ...


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Adoração em um mundo Selfie

“Uau! Deus realmente se encontrou conosco na adoração hoje à noite! A sala estava tão cheia de sua presença! Um dos tempos de culto mais intensos que já experimentamos!

Esta legenda ocorreu recentemente através das notificações do Instagram.

Fiquei curioso para ver a foto que esse aluno havia tomado para comemorar sua experiência. Nunca esperaria uma foto de um jovem de pé na frente de um espelho no banheiro com um sorriso desconcertado no rosto. No entanto, lá estava ele, um adolescente com cara de pato olhando para o espelho do banheiro, com o smartphone na mão.

O que isso tinha a ver com o quanto ele adorava adorar a Jesus era um mistério para mim!

Este é o mundo em que vivemos: o mundo do selfie. O mundo onde as pessoas tomam algo que não é sobre eles e fazem isso sobre eles através da lente de sua câmera.

Os homens crescidos posam com o seu melhor ardente "Blue Steel" enquanto a ponta da deslumbrante Torre Eiffel de Paris sobrescreve do lado de suas cabeças como um chifre de aço pequeno e mal colocado.

As adolescentes tentam seu olhar mais fofo enquanto uma coluna de pedra singular do antigo e impressionante Coliseu de Roma é visivelmente visível no fundo.

Nós não estamos vendo o mundo através de seus olhos tanto quanto vendo seus olhos bloqueando o mundo.

Talvez eu esteja sozinho aqui, mas eu preferiria ver uma foto das Cataratas do Niágara do que um rosto obstruindo minha visão disso. Cataratas do Niágara não é sobre nós. É majestoso! Exige o quadro completo para que os espectadores sintam mesmo um pouco de admiração de algo grandioso.

Isso é exatamente o que estamos fazendo quando tentamos fazer uma adoração corporativa sobre nós. Nossos corações pecaminosos querem preencher o quadro da glória de Deus com nossos rostos. Nossa carne quer nos distrair do valor infinito de um Deus santo, que nos convidou para a presença dEle.

Esse tipo de adoração egoísta constantemente tenta infiltrar nossas igrejas, fazendo com que valorizemos o sentimento acima da substância, o hype emocional acima da saúde emocional ou a preferência musical mais do que uma proclamação significativa.

Quando o conteúdo de nossas músicas e orações estão saturados de temas e pensamentos centrados ‘em mim’, estamos comprando a mentira de que a adoração é sobre nós. Com certeza, nossos rostos estão no quadro, mas são uma mancha de areia na praia de um vasto oceano de sua beleza e santidade. Concentrar-se no pontinho seria uma loucura, se não uma loucura absoluta.

Quando nos reunimos para o culto corporativo, atribuímos o valor ao Único digno e o levamos para o lugar onde Ele pertence: no trono dos nossos corações.

Enquanto fazemos isso, Deus está conosco de uma maneira muito real. Esta realidade não é uma situação hipotética. Deus está conosco. Não há maior privilégio na terra para a família de Deus redimida e adotada do que ficar de pé na presença de Deus e adorá-lO no Espírito e na verdade, através do seu Filho.

Ao fazê-lo, estamos construindo e encorajando uns aos outros, lembrando nossos próprios corações de quem é Deus e o que Ele fez e proclamando isso a um mundo que precisa desesperadamente vê-lO por quem Ele é.

Isso não é feito cantando sobre nós mesmos, nem na obsessão com nossos sentimentos preferenciais.

Se quisermos aprender a adorar em um mundo egoísta, devemos olhar continuamente para além das nossas preferências musicais, nostalgia sentimental e idealismo contextual, a fim de olhar com admiração pelo caráter e atos do nosso poderoso Rei e Salvador.

Devemos saturar nossos serviços e músicas com Sua palavra, e nos perguntamos sobre Sua sabedoria, vontade, riqueza, obras e caminhos. Ele é o Deus que criou planetas e estrelas, e Ele os mantém todos em suas mãos. Ele fez elétrons e prótons, átomos e elementos, gravidade e inércia. Tudo o que foi feito foi feito por Ele e através dEle, e antes de qualquer fundamento foi estabelecido, Ele escolheu redimir-se e adotar-nos em Cristo. Isso é muito maciço para ser minimizado com a minha centralização.

Que todos nós resistamos à tentação de preencher o quadro com o nosso rosto, mas preenchamos nossas mentes com Sua glória eterna, e nunca paremos de repetir o refrão de João 3:30:

    Deus deve aumentar. Devo diminuir.
    Ele deve aumentar. Devo diminuir.
    Ele deve aumentar. Devo diminuir.”


Stephen Miller, em


http://www.desiringgod.org/articles/worship-in-a-selfie-world