“Talvez nossa
vontade de chegar até Deus não seja tão intensa quanto era a de Davi, mas
também é real. A fome dói, então tentamos acabar com ela de qualquer forma. Um
dos meios que usamos é a atividade religiosa. E isso inclui ler livros, ouvir
música ou participar de congressos. Essas atividades são boas e até nos
alimentam, mas o que estamos recebendo como alimento é a experiência de outras
pessoas. Posso, e devo, ler um salmo de Davi clamando em uma caverna no
deserto, mas esse não será o meu salmo. Não é o meu porque a caverna não é
minha, o deserto não é o meu e as lágrimas também não são as minhas.
Durante muito
tempo, supus que minha experiência com Deus seria semelhante a um dos salmos:
estruturada em ritmos agradáveis, repleta de imagens poéticas, uma obra de
beleza e graça. O que aprendi é que os salmos nasceram em decorrência de uma
grande fome, para a qual não há, neste planeta, alimento suficiente.
Abraham
Heschel disse que a pessoa satisfeita, na verdade, nunca teve grandes
ansiedades. Acredito que ele tenha dito isso porque sabia que os alimentos mais
ricos que há no céu não satisfazem à nossa fome. Pelo contrário: tem como
efeito torná-la ainda mais intensa!”
Fonte: Janelas da Alma, Ken Gire.
“Ó Deus, já provei de Tua bondade
que, ao mesmo tempo, satisfez-me e deixou-me mais sedento por mais. Sofro ao
saber que preciso de mais graça. Envergonho-me de minha falta de vontade de Te
buscar. Ó Deus, Triúno Deus, desejo desejar a Ti, anseio ser tomado por esse
desejo, tenho sede de sentir mais sede ainda.”
Fonte: À procura de Deus, A. W. Tozer
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