Cada vez mais as máquinas de coca-cola ou as de guloseimas estão se espalhando por aí. Quando vejo uma logo quero ver as opções, insiro minhas moedas e compro chiclete e água, mas quando quero enfiar o pé na jaca, pego um monte de chocolate e Sprite. É claro que é por uma boa causa: me livrar de todas minha moedinhas (humhum..sei).
Ultimamente vi que a nossa vida de oração começou parecer uma máquina de coca-cola. Inserimos uma “moedinha” e já temos expectativas do que queremos receber de Deus. Quando “sai” algo que não pedimos ficamos perplexos e nos frustramos, assim nos levando a duvidar da bondade d’Ele.
Achamos que a oração é uma lista de pedidos, um tempo para falar o que pensamos que Ele deve fazer. Daí até damos sugestões para Deus, falamos o que achamos da situação e assim pedindo o resultado que achamos que precisamos. Claro que em nossa mente não queremos ser Deus, mas se olharmos honestamente, estamos fazendo exatamente isso.
Quando nos deparamos com sofrimento, olhamos para o nosso umbigo e nos sentimos desolados, e pensamos “por que só eu, Deus?”. É patético e ridículo quando olho isso, mas eu já fui essa pessoa inúmeras vezes. Depois passa um tempo e vejo a mão de Deus que estava o tempo todo se movendo, e fico toda emocionada com o que Ele transformou de ruim para o bem. O ciclo se repete novamente: pedido, frustração, silêncio, resposta, alívio e assim se repete.
Queria mudar isso na minha vida, queria parar com a parte da frustração e saber o que a oração era de verdade. A primeira coisa que aprendi é que eu nunca vou pensar melhor que Deus (parece óbvio, mas minhas orações sempre tinham sugestões para Ele), que os melhores resultados nem eu mesma consigo imaginar, que o tempo d’Ele nunca seria o meu pois é tão limitado. A oração não é um tempo só de petição, mas um tempo de diálogo e uma jornada para conhecê-Lo profundamente. Um lugar onde meu coração seria revolucionado, onde a entrega seria real e a expectativa seria na bondade d’Ele e não em um resultado desejável.
A oração nunca foi feita para você relatar apenas os seus desejos ou recebê-los, mas sim para você conhecer o desejo ardente d’Ele por você. Que nossa vida de oração não seja recheada apenas de palavras e pedidos, mas de amor e paixão por um Deus que tudo pode. Quanto mais conhecemos a Ele, menos pedidos teremos, pois saberemos que nosso tempo de oração é um tempo de intimidade e qualidade.
Pois lá no fundo, Ele sabe muito mais o que desejamos do que nós mesmos, então por que duvidar? Ele é bom, sempre foi, e sempre será.
Zoe Lilly
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