segunda-feira, 20 de maio de 2019

Dois rapazes...


“Lembro-me de dois rapazes de minha igreja que eram atores. Os dois se inscreveram para interpretar o mesmo papel, que seria o mais importante na carreira deles.

Ambos eram cristãos professos, mas um deles, a meu ver, colocava todas as suas esperanças emocionais e espirituais na conquista de uma carreira bem-sucedida.

Ele cria em Jesus, porém era óbvio que só aproveitava a vida e sentia-se bem consigo mesmo se a carreira estivesse indo bem.

O outro jovem também era um cristão professo, mas, após algumas decepções, ele decidiu que o principal objetivo da vida seria agradar e honrar o Deus que o salvou. E achou que poderia fazer isso sendo ator.

Nenhum dos dois conseguiu o papel.

O primeiro jovem ficou desolado, entrou em depressão e tornou-se usuário de drogas.

O outro ficou arrasado de início, e chorou bastante. Logo depois, no entanto, estava bem, e explicou: ‘Acho que me enganei. Pelo jeito, posso agradar e honrar melhor a Deus em outra profissão.’

Percebe a diferença?

Para o segundo rapaz, a carreira de ator era um meio para alcançar um fim; para o primeiro, a carreira era um fim em si mesmo.

As circunstâncias da vida não conseguiram atingir o tesouro mais valioso do segundo rapaz, porém acabaram com o do primeiro, e o resultado foi terrível.

Ser amado por Deus, ser conhecido por Deus, é o tesouro mais valioso que existe. Se você o transformar em seu tesouro por excelência, então nenhum ladrão invadirá nem roubará o que é seu (Mt 6.19).”

Timothy Keller, em
Caminhando com Deus em meio à dor e ao sofrimento,
Trechos das páginas 327 e 328

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