“Lembro-me de dois rapazes de minha igreja que eram
atores. Os dois se inscreveram para interpretar o mesmo papel, que seria o mais
importante na carreira deles.
Ambos eram cristãos professos, mas um deles, a meu
ver, colocava todas as suas esperanças emocionais e espirituais na conquista de
uma carreira bem-sucedida.
Ele cria em Jesus, porém era óbvio que só aproveitava
a vida e sentia-se bem consigo mesmo se a carreira estivesse indo bem.
O outro jovem também era um cristão professo, mas,
após algumas decepções, ele decidiu que o principal objetivo da vida seria
agradar e honrar o Deus que o salvou. E achou que poderia fazer isso sendo
ator.
Nenhum dos dois conseguiu o papel.
O primeiro jovem ficou desolado, entrou em depressão e
tornou-se usuário de drogas.
O outro ficou arrasado de início, e chorou bastante.
Logo depois, no entanto, estava bem, e explicou: ‘Acho que me enganei. Pelo
jeito, posso agradar e honrar melhor a Deus em outra profissão.’
Percebe a diferença?
Para o segundo rapaz, a carreira de ator era um meio
para alcançar um fim; para o primeiro, a carreira era um fim em si mesmo.
As circunstâncias da vida não conseguiram atingir o
tesouro mais valioso do segundo rapaz, porém acabaram com o do primeiro, e o
resultado foi terrível.
Ser amado por Deus, ser conhecido por Deus, é o
tesouro mais valioso que existe. Se você o transformar em seu tesouro por
excelência, então nenhum ladrão invadirá nem roubará o que é seu (Mt 6.19).”
Timothy Keller, em
Caminhando com Deus em meio à dor e ao sofrimento,
Trechos das páginas 327 e 328