quarta-feira, 6 de março de 2019

Dois construtores

            
“Dois construtores construíram, cada qual, o seu castelo de areia.

Um era um menino na praia, que encheu seu balde de areia molhada e ficou maravilhado ao criar uma torre.

O outro era um homem ocupado, assentado no seu escritório na cidade, organizando papéis e delegando tarefas. Falava ao telefone enquanto dedilhava o teclado, fazia cálculos e assinava contratos. Ficou maravilhado quando viu o lucro realizado. Trabalhou a vida inteira; planejando, manipulando e ganhando dinheiro, construiu seu castelo.

Os dois construtores e os dois castelos têm muito em comum. Os dois construíram algo onde não tinha nada. Ambos usaram de empenho e diligência. Para ambos, quando mudar a maré, será o fim.

O menino espera o fim do seu castelo. Ele não se surpreende quando vem a maré e leva o que ele construiu. Ele sorri, pega suas ferramentas, segura na mão do pai e volta para sua casa.

Para o empresário não é tão fácil assim quando chega o fim e as ondas devoram seu castelo. Molhado e tremendo, rosna entre os dentes cerrados: ‘O castelo é meu!’. O oceano não responde. Ambos sabiam de quem era a areia.

Quantas vezes somos como o empresário desta história! Achamos que, sendo que trabalhamos para ganhar o que temos, então é nosso. Mas Deus é que deu tudo. Para não ficarmos apegados demais a estas coisas, devemos lembrar sempre da eternidade. Se fizermos isso, no fim teremos grande alegria.”

Jonathan Coblentz,

Junto às águas tranquilas,

(Meditações diárias, diversos autores)


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