“Havia
uma vez três homens, todos eles desejavam fruta, embora nenhum deles tenha
jamais visto uma, já que era muito rara no seu país.
Aconteceu
que todos viajaram em busca daquela coisa quase desconhecida chamada fruta. E
também aconteceu que, mais ou menos ao mesmo tempo, cada um deles encontrou seu
caminho até uma árvore frutífera.
O primeiro
homem estava distraído. Chegou até uma árvore frutífera, mas havia passado
tanto tempo pensando as direções que ele não reconheceu a fruta. Sua viagem foi
desperdiçada.
O
segundo homem era um tolo, que levava tudo ao pé da letra. Quando viu que todas
as frutas da árvore estavam passadas, disse: ‘Bem, já vi a fruta e não gosto de
coisas podres; então, pra mim, esse é o fim da fruta’. Seguiu seu caminho e sua
viagem foi desperdiçada.
O terceiro
homem era sábio. Pegou algumas frutas e as examinou. Depois de pensar um pouco
e se esforçando para se lembrar de todas as possibilidades dessa iguaria,
descobriu que dentro de cada fruta havia um caroço. Assim que soube que esse
caroço era uma semente, tudo o que teve que fazer foi PLANTAR, CULTIVAR E
ESPERAR pela – FRUTA.”
Tahir
Shah,
Em Noites Árabes,
Página 220
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