quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

É realmente essencial?

"O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água.” Jeremias 2:13 (NVI)

            Durante todo esse feriado de cinco dias fiquei sem acesso a internet. Como fiquei irritada nos três primeiros dias! Queria checar e responder meus e-mails, principalmente porque nos últimos dias, tem-me sido o único veículo de comunicação com meu amado! Queria registrar minhas memórias no blog. Queria conversar com minhas amigas pelo MSN. Todavia, analisando melhor, o que eu realmente queria, sim o que o meu coração desejava, era simplesmente aquietar minha alma ansiosa no lugar errado, do jeito errado.
            Você já colocou o fone de ouvido e ligou seu aparelho de música para desestressar? Já ligou a televisão porque estava com insônia, buscando uma fuga para a mente acelerada e o coração preocupado? Já foi a alguma festa, fez alguma viagem ou tomou alguma decisão com a finalidade de esquecer algum problema, tristeza ou pessoa incômoda?
            Quantas vezes afogamos mágoas na bebida, ansiedades na comida, tristezas na multidão, senso de valor na fama/status, podridão no sepulcro caiado, feiúra numa bela apresentação exterior! Estamos no fundo do poço, mas aparentamos estar no topo. Fracassados e perdidos, nos mostramos vitoriosos e no pódio. Queremos tanto que os outros tenham uma boa impressão de nós, que nos perdemos de nós mesmos e acabamos nos enganando. Quando nos damos conta, não sabemos nem mesmo quem somos, porque desde modo andamos, para onde vamos.
            Reconheço a utilidade, o valor e a importância da internet no mundo onde vivemos. Contudo, o que é realmente essencial? Não gostamos do desconforto. Acostumados a tantos privilégios não queremos nos privar de energia elétrica, água encanada, internet, celular, dentre outros. Valorizamos o que podemos perder facilmente. Esquecemos-nos do que precisamos realmente: a simplicidade e temporalidade da vida, a alegria da companhia, na beleza da família, na amizade em sua harmonia, Deus em Sua totalidade, o espírito da Verdade. Nos perdemos dEle, aprisionados ficamos no engano, correndo atrás do vento, saciando nossa alma como se estivéssemos enchendo um saco furado, cavamos para nós cisternas rotas que não retém águas.

2 comentários:

  1. Amen Pri! Lindas palavras e se todas as pessoas parassem para refletir como você, talvez o mundo teria um foco maior no amor. Ta linda nas fotos!
    Beijos, Patty

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  2. Obrigada pelas constantes palavras de apoio e encorajamento, Patty!
    Você é uma bênção em minha vida.

    Saudades

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