quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Meus questionamentos...

“Lembrei-me que nas Escrituras Hebraicas, às vezes você faz uma pergunta não porque você espera uma resposta literal, mas porque interrogar é uma outra maneira de expressar seus sentimentos. O rei Davi perguntava a Deus por que, mas ele nunca teve a intenção de pressionar a Deus com suas perguntas. Ele não estava pedindo ao Senhor que se explicasse. Ele estava apenas derramando seu coração diante de Deus. Ele estava dizendo ao seu Senhor que ele se sentia abandonado.

Tornei-me ciente do modo como eu me aproximava do Senhor. Eu tinha dirigido meus porquês a Ele durante anos, esperando uma explicação que me satisfizesse. Eu tinha colocado o Senhor em julgamento pelo que eu entendia ser a Sua insuficiência – Sua falha – e me recusando a lhe entregar meu coração, a menos que Ele me respondesse. A menos que Ele me desse uma explicação satisfatória sobre os Seus caminhos. Como era diferente o meu coração do de Davi.

Ocorreu-me que o Senhor deve ter se agradado do brilhantismo simples de Davi. Era o choro de uma criança que não compreendia o Pai, mas ainda assim se agarrava a Ele. O meu por quê, por outro lado, era uma acusação. Era um dedo apontado para Deus. Não mostrava nenhuma confiança nEle.

Nesses momentos de exame interior, com outras pessoas e um cão doente no mesmo quarto em que eu estava, senti-me completamente sozinha diante de Deus. E eu vi o estado da minha alma pela primeira vez. Eu vi o quão arrogante eu tinha sido ao julgá-lO. Ao rejeitá-lO.”

Tessa Afshar, em


Colheita de rubis, página 192,193

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