quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Que tal fazer alguém feliz?

"A distância que podemos alcançar na vida depende de sermos gentis com os jovens, compassivos com os velhos, simpáticos com os que tem dificuldade, e tolerantes com os fracos e fortes - porque um dia teremos sido todos eles."

George Washington Carver

            Não sei quanto a você, mas se tem algo que me deixa entusiasmada, motivada e contente é a sensação de prazer, satisfação e propósito que tenho por dentro quando ajudo alguém, quando consigo colocar um sorriso no rosto de outra pessoa ou quando deixo o dia de alguém mais bonito. Já lhe passou pela mente que você pode ser aquele que coloca o sorriso no rosto de alguém?

            Inúmeras vezes esperamos até que estejamos prontos, tenhamos mais dinheiro, tenhamos mais tempo livre, aconteça isso ou aquilo primeiro para então ajudarmos os outros. Reparou que isso quase nunca acontece e quando acontece, na maior parte dos casos, é tarde demais?

            Concordo com a famosa autora e palestrante Joyce Meyer, quando diz que “Ser uma benção para outros é a chave para manter o entusiasmo pela vida, o que significa agir com significância eterna em vez de agir com ausência de propósito temporal.”, pois quando abençoamos as pessoas, usando nossa energia, nossos dons, bens, tempo e a nós mesmos em prol do outro, além de tornar a vida do próximo melhor e mais agradável, estamos alegrando o coração de Deus e sendo servos do nosso Criador.

            O que lhe vem à mente quando ouve a palavra servo? Vê Jesus lavando os pés dos seus discípulos quando nenhum deles tomou a iniciativa de fazê-lo apesar da necessidade presente? Vê a madre Teresa aliviando o sofrimento de incontáveis doentes com sua devotada vida? Vê sua mãe acordando de madrugada para fazer café antes de seu pai sair para trabalhar na fazenda e lutar pelo sustento da família? Vê aqueles voluntários que vão ao hospital levar um pouco de cor ao dia cinzento de um doente e um acompanhante, que muitas vezes se encontram no hospital por dias, meses, anos, aparentemente sem fim? Ou vê apenas aquela ideia de servo associada à capacho e alguém que deixa os outros se aproveitarem dele?

            Sei o quanto é difícil ver as palavras servo e serviço de modo positivo e não pejorativo, pois vivemos num mundo que serve e valoriza a si mesmo acima de tudo e todos. Quando avaliamos a ideia de servir e abençoar o outro, logo pensamos: “Mas e eu? Quem me servirá? Quem cuidará de mim? Quem se importará com minhas necessidades? Se eu usar esse dinheiro para cuidar da necessidade do meu amigo, quem cuidará dos meus desejos, quem comprará o que eu quero como eu quero?”.

 Sejamos honestos: somos mais egoístas do que gostamos de admitir, e vemos o serviço ao próximo como desperdício de tempo e não um investimento ou um estilo de vida que abençoa o próximo.

Existem tantas necessidades a nossa volta, tantas pessoas precisando de nós e há tanto que podemos fazer com o que temos hoje, com os talentos únicos que nos foram confiados por Deus, entrementes a desculpa do “deixar para depois o que podemos fazer hoje” e a mentalidade do “apenas quando eu tiver sobrando” nos atrapalham a enxergar a realidade de que temos tudo o que precisamos para ser uma benção e colocar o sorriso no rosto de alguém muito mais vezes do que poderíamos imaginar.

Quando penso em Jesus, na madre Teresa e em tantos outros homens e mulheres que ao longo dos séculos foram admirados por dedicar sua vida ao serviço a Deus e ao próximo penso em alguém que não estava simplesmente ocupado, mas vivia consciente, dava frutos para glória de Deus e para deleite dos que estavam ao seu redor e não vivia para esperar a recompensa ou retribuição daqueles a quem serviam constantemente, propositalmente e profundamente.

Nossa estadia por esse mundo pode parecer longa, contudo, ainda que seja duradoura, não será eterna, não nesse planeta, não nessa vida. O ditado que diz: ‘ninguém fica para semente’ é real, e no leito de morte não nos interessamos tanto por nossa conta bancária, os bens adquiridos ou os diplomas conquistados quanto pelos amigos, família e as pessoas que amamos. No fim dessa vida todos queremos sentir que as pessoas sentirão a nossa falta, que ficarão tristes por termos partido, que deixamos um bom legado e que fizemos notável e verdadeira diferença com nossa existência nesse mundo.

Tenho um problema enorme, mas, infelizmente, muito comum: Sempre que me sinto infeliz, desmotivada e começo a me questionar a respeito do sentido dessa vida, do significado de fazer o que faço, da aparente falta de resultado, eu NÃO me pergunto: O que tenho feito pelos outros? Em vez disso, tenho a tendência absurda de me perguntar: Por que não está dando certo? Pra que continuar? Qual o significado e propósito de tanta dor e sofrimento? Quando me dou conta, novamente estou pensando apenas em mim, vivendo focada em mim, analisando os ganhos (ou, precisamente, a falta de ganhos), logo me perco em meus desejos enganosos e insatisfatórios.

“Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem.
Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.”

Tiago 4:2-3

Gostamos de viver para ganhar e não para dar, no entanto nos tornamos cada vez mais infelizes. Conquistamos cada vez mais, conseguimos cada vez mais, temos cada vez mais e nos tornamos cada vez menos contentes. Sabemos que a felicidade advinda de nossas conquistas e bens adquiridos são tão passageiras quantos essas coisas, ainda assim, trabalhamos e nos esforçamos mais e mais para obter e ajuntar ainda mais, na esperança de conseguir satisfação, na ilusão de alcançar a plenitude, na vaidade de viver para ter, porém a verdadeira felicidade não fundamenta-se em possuir cada vez mais.

“Há maior felicidade em dar do que em receber".

Atos dos Apóstolos 20:35

Aprendi que quanto mais corro atrás da felicidade mais ela corre de mim, mas quanto mais dou, quanto mais sirvo, quanto mais planto uma semente de sorriso no rosto de alguém e quanto mais faço alguém feliz, mais a felicidade corre atrás de mim, mais motivada e entusiasmada fico, mais tenho para oferecer e, sendo uma benção, mais abençoada sou.

Até onde podemos ir e o quanto podemos ser felizes nessa vida? Como disse o renomado botânico, químico e diretor de pesquisas agrícolas George Washington Carver depende de nós e do quanto decidimos ser uma benção para todos ao nosso redor, pois assim como queremos ser servidos, necessitamos servir, e assim como precisamos da ajuda de outros, precisamos ajudar.

Que tal colocar o sorriso no rosto de alguém nesse mesmo instante e fazê-lo feliz? Lembre-se: Esse poder está em suas mãos!

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