Como nasceu em mim uma escritora

Quando me perguntam quanto tempo levei para escrever meu primeiro livro: "O poder das escolhas", só posso responder: 25 anos!
Hum? Como assim, Priscilla?! É isso mesmo! Tudo o que escrevi é fruto de experiências vividas e aprendidas ao longo de toda a minha vida e seria injusto, e até mesmo errado, afirmar que eu escrevi um livro em 7 anos (comecei a colocar as ideias dele no papel /sim, foi literalmente no papel, depois passei a escrever no computador).

Não sei ao certo relatar-lhes o momento em que brotou em mim o desejo de ser uma escritora. O que de fato sei, é que aos 5 anos de idade surgiu em minha mente um sonho tão intenso, que chegou a ser perturbador! Neste sonho, eu estava diante de uma multidão palestrando. Se dormia, o sonho me vinha. Se acordada estava, minha mente vagava, o sonho me tomava.
Penso que com uns 8 anos de idade, comecei a imaginar: "Se serei uma palestrante, por que não escrever alguns livros para vender em minhas conferências?".

Ah, como eu amava a escola quando criança (e ainda hoje meu coração tem prazer no aprender)! Lembro-me de recostar-me sobre a janela, aos 4 anos de idade, vendo as crianças passarem em frente a minha casa com suas mochilas e caderno,s e chorar, pedindo para mamãe me colocar na escola. Naquele tempo as crianças só começavam o "jardim de infância" aos 5 anos, mas o choro foi tamanho que, passando por testes psicológicos (para comprovar que a precocidade não atrapalharia a formação da criança) consegui me matricular e me tornar uma eterna aprendiz naquele mesmo ano. (ps.: Em todo meu tempo de escola, inclusive na época de faculdade, eu sempre fui a mais nova da turma, ainda que a diferença entre a segunda mais nova fosse de apenas alguns dias/ risos).

Um fato interessante se dá na influência positiva que minha mãe teve sobre mim. Minha mãe, uma amante da literatura, sempre foi minha maior incentivadora no quesito leitura. A influência é tamanha, que recordo-me claramente das brincadeiras de papai, que dizia: "Mirian, se você fosse uma vaca lhe daria o nome de LEITURA, e a Priscilla seria a LEITURINHA" (note que meu pai é fazendeiro, e, você já reparou o quanto as vacas tem nomes engraçados? risos).

Na época (e até hoje) em que iniciei meu projeto de escrever um livro, com o objetivo de publicar (2003/2004, durante e após o término do meu curso de Teologia), comentava com as pessoas a respeito do sonho de escrever um livro frustrava-me facilmente, tamanha eram as críticas, desincentivo, e "pedradas" que recebia. Parei diversas vezes com meu projeto, no entanto, Deus em todo tempo levantava pessoas preciosas em minha vida que me incentivavam a retomar o projeto, pessoas as quais agradeci em meu livro.

ps.: Terminei de escrevê-lo em 24 de setembro de 2010 (mas eu trabalho em outros livros ao mesmo tempo/ num momento estou revisando meu segundo livro e escrevendo mais 6).

Antes de encerrar meu discurso, não posso deixar de honrar as duas professoras de português que mais me ajudaram, durante meu período de Ensino Fundamental (Dona Soninha) e Médio (Dona Maria José). Não fossem elas, certamente a escritora que sou, não seria. A vocês, minhas professoras, o meu muito obrigada por sua essencial contribuição em minha formação.

Bom, por enquanto, isso é tudo o que tenho a dizer.